Candidato presidencial afirma que país liderado por Nicolás Maduro trata-se de "um regime ditatorial".
O eurodeputado e candidato presidencial João Cotrim de Figueiredo alertou esta segunda-feira, no Porto, para a necessidade de acautelar a situação de mais de 500 mil portugueses e lusodescendentes na Venezuela após o bloqueio aéreo determinado pelos Estados Unidos.
Em declarações à margem da visita ao Mercado de Natal da Cordoaria, Cotrim de Figueiredo acrescentou, todavia, que o atual Presidente da República e o Ministério dos Negócios Estrangeiros "têm feito a preparação necessária para que essa comunidade esteja minimamente salvaguardada, sendo certo que aquele número de pessoas não poderá ser objeto de evacuação, portanto, tem que ser acautelado de outra forma".
Sobre o país liderado por Nicolás Maduro, o candidato afirmou tratar-se de "um regime ditatorial, que hoje, em dia já nem é bem de nenhuma cor política" e que está a "transformar-se claramente num narcoestado" e que, por isso, "não é um tema só de ordem de segurança ou de criminalidade. É um problema também político com a dimensão que já atingiu".
"Não me choca, por exemplo, que determinados narcoestados sejam considerados cúmplices de terrorismo ou até terroristas. Não me choca porque isso pode ser uma realidade e tem acontecido, dado, mais uma vez, a dimensão financeira da questão. Agora, isso não justifica subversões do direito internacional", frisou.
Sobre a revogação da licença da TAP para voar no espaço aéreo daquele país sul-americano, o candidato considerou-o "um abuso, mais um, de Nicolás Maduro (...) e que têm conduzido a uma oposição interna cada vez mais vocal, incluindo de alguns que no início apoiavam a sua ditadura como o Partido Comunista Venezuelano, que já fez críticas até ao Partido Comunista Português de não perceber o que está a passar na Venezuela".
"Portanto, mais uma vez, o nosso Partido Comunista Português a ser muito lento a sentir os ventos da História e a não se pôr do lado certo das histórias", criticou.
Noutro âmbito, o candidato considerou muito limitativo e triste estar a cingir o debate das presidenciais a temas partidarizados e da espuma dos dias, enunciando que "falta falar das alterações geopolíticas, do comércio internacional, dos novos blocos políticos que se vão formar, do futuro da Europa, de qual é a política de alianças de Portugal no contexto da Defesa e no contexto da Diplomacia, das evoluções tecnológicas".
"Parece muito, muito limitativo e muito triste que estejamos a cingir o debate das presidenciais a temas de alguma forma mais partidarizados e de alguma forma também (...) da espuma dos dias", acrescentou.
Enfatizando que os candidatos devem "incentivar as pessoas a pensar pela sua própria cabeça", o candidato sublinhou que na corrida para a presidência da República (...) "interessa muito mais o caráter e a atitude da pessoa do que a sua origem partidária ou o seu trajeto político".
"Eu quero que estas pessoas se sintam convocadas para participar na discussão pública porque eu acredito que não será um, nem dez, nem cem, nem mil portugueses que vão contribuir para a solução dos problemas que são novos e muitos deles difíceis. Será o conjunto da população a querer, de facto, participar e o que é que um Presidente da República pode fazer? Pode dizer que é esperado que elas participem, pode abrir o espaço a essa participação, pode dar a confiança e o otimismo às pessoas de que juntos conseguimos fazer muito mais do que temos feito até agora", continuou.
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