Presidente do Chega entende que o secretário-geral da ONU "não tem condições políticas" para continuar no cargo.
Ventura defende demissão de Guterres e quer parlamento a condenar declarações
O presidente do Chega defendeu esta quarta-feira que o secretário-geral da ONU "não tem condições políticas" para continuar no cargo e propôs que a Assembleia da República condene as declarações de António Guterres.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, André Ventura manifestou "incómodo e insatisfação" com as palavras do secretário-geral da ONU, que afirmou ser "importante também reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram num vácuo", e que "o povo palestiniano tem sido submetido a 56 anos de ocupação sufocante".
O líder do Chega quer que o parlamento "tome uma posição clara de condenação das palavras" de António Guterres quanto ao conflito entre Israel e o Hamas e defendeu que o antigo primeiro-ministro "não tem nenhumas condições políticas para ser secretário-geral da ONU", pedindo a sua demissão.
O deputado acusou Guterres de ter sido "parcial e parecer abraçar a causa do Hamas e do mundo palestiniano", e considerou que, com as suas declarações, o secretário-geral da ONU "legitimou o terrorismo".
"Temos um Estado que está sob agressão, sob ataque, e entendemos que Portugal não pode estar do lado dos agressores, deve estar do lado daqueles que estão a ser atacados", defendeu.
André Ventura propôs também convidar o Presidente de Israel, Isaac Herzog, a discursar na Assembleia da República, o que poderia acontecer por via remota, como aconteceu com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, ou presencialmente, quando visitar Portugal.
O líder do Chega disse ter sugerido ao presidente do parlamento a "constituição de uma delegação parlamentar que visite Telavive", e que a deslocação seja "liderada pelo Presidente da República".
Ventura disse ter enviado esta quarta-feira um ofício a Santos Silva com estas propostas e que vai levar o assunto à próxima reunião da Conferência de Líderes.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, tinha prevista uma visita a Portugal no início de novembro, que foi adiada. Na terça-feira, na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), numa intervenção em inglês, António Guterres considerou que "é importante também reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram num vácuo", acrescentando que "o povo palestiniano tem sido submetido a 56 anos de ocupação sufocante".
António Guterres defendeu que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os ataques terríveis do Hamas", assim como "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano". No início da sua intervenção, o secretário-geral da ONU referiu que condena "inequivocamente os atos de terror horríveis e sem precedentes do Hamas em Israel" e disse que "nada pode justificar a morte, os ferimentos e o rapto deliberados de civis -- ou o lançamento de foguetes contra alvos civis".
Na mesma reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, acusou António Guterres de estar desligado da realidade e de mostrar compreensão pelo ataque do Hamas de 7 de outubro com um "discurso chocante". Na rede social X, ex-Twitter, o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão imediata de António Guterres das funções de secretário-geral desta organização.
Esta quarta-feira, Gilad Erdan anunciou a decisão de Israel de não conceder vistos a representantes da ONU, numa entrevista à Rádio do Exército israelita. Também esta quarta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas manifestou-se "chocado com as interpretações erradas" das suas declarações e negou ter justificado os atos de terror do Hamas.
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