Exército israelita referiu-se a disparos de "palestinianos armados".
Uma distribuição de ajuda alimentar em Gaza voltou este sábado a registar um desfecho dramático com o Hamas a afirmar que 19 palestinianos foram mortos por disparos israelitas, uma acusação desmentida pelo Exército.
O ministério da Saúde do Hamas anunciou inicialmente a morte de nove pessoas por "disparos de tanques e obuses do Exército de ocupação israelita" durante uma distribuição de ajuda proveniente do Kuwait e nos arredores da cidade de Gaza, antes do serviço de imprensa do movimento islamita palestiniano ter emitido um novo balanço de 19 mortos e 23 feridos.
O Exército israelita negou ter disparado sobre os palestinianos que aguardavam esta distribuição.
"As informações afirmando que as forças israelitas atacaram dezenas de pessoas perto de um 'comboio' de ajuda humanitária são incorretas", indicou o Exército em comunicado.
De acordo com os "primeiros dados", "não ocorreu um ataque aéreo contra o 'comboio' nem disparos das forças [israelitas] sobre as pessoas perto do 'comboio' de ajuda", afirmou.
O Exército acrescentou que os soldados acompanhavam este 'comboio' de ajuda, e que segundo a sua versão foi intercetado e de seguida "pilhado por centenas de habitantes de Gaza".
Um porta-voz da defesa civil em Gaza, Mahmud Basal, denunciou "disparos contra civis", acrescentando que os feridos foram transportados para o hospital al-Ahli Arab, também designado hospital baptista.
Referiu-se a "feridas muito graves, algumas por fragmentos de obuses".
No dia 14, o ministério da Saúde de Gaza referiu-se a 20 mortos e mais de 100 feridos por "disparos israelitas" e em circunstâncias semelhantes.
No dia seguinte, o Exército israelita referiu-se a disparos de "palestinianos armados" e negou as acusações.
Em 29 de fevereiro, uma distribuição de ajuda terminou em tragédia no oeste da cidade de Gaza, provocando 120 mortos segundo o Hamas, que acusou o Exército judaico de abrir fogo sobre a multidão.
Segundo a ONU, a larga maioria dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza está ameaçada pela fome. A situação é particularmente grave para as 300.000 pessoas que permanecem no norte do território, onde é ainda mais difícil garantir o envio de ajuda humanitária.
Em paralelo, foi informado que o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, se desloca no domingo aos Estados Unidos pela primeira vez desde o início do atual conflito israelo-palestiniano, para abordar com responsáveis norte-americanos a evolução do conflito as negociações para uma nova trégua e as necessidades humanitárias.
O Exército de Israel iniciou uma ofensiva generalizada sobre a Faixa de Gaza na sequência dos ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) a 7 de outubro de 2023 contra alvos militares, policiais e civis israelitas perto do enclave palestiniano.
A inédita operação militar do Hamas causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 32.000 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes devido ao colapso dos hospitais, ao surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
Desde 7 de outubro de 2023, mais de 420 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém Leste, territórios ocupados pelo Estado judaico, para além de se terem registado perto de 7.000 detenções e mais de 3.000 feridos.
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