Bombardeamentos israelitas fizeram mais de 400 mortos num dos dias mais sangrentos desde o início do conflito.
 
                                    1 / 3
Após quase dois meses de relativa calma, Israel rompeu na madrugada desta terça-feira o frágil cessar-fogo em Gaza, atacando dezenas de alvos do Hamas e matando mais de 400 pessoas, na sua maioria civis. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, já avisou que os ataques vão continuar a intensificar-se até todos os reféns serem libertados.
Durante toda a madrugada, aviões e tanques israelitas lançaram dezenas de ataques ao longo de toda a Faixa de Gaza, atingindo alegados centros de comando do Hamas, campos de refugiados, blocos residenciais e escolas usadas para acolher deslocados. Pelo menos 404 pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas, segundo o último balanço das autoridades de saúde de Gaza. Entre as vítimas estão o chefe do governo do Hamas, Essam Addalees, os vice-ministros da Justiça e do Interior, bem como o porta-voz principal da Jihad Islâmica.
Numa declaração publicada minutos após o início dos ataques, o ministro israelita da Defesa, Israel Katz, prometeu “abrir as portas do Inferno” e atingir o Hamas “com força nunca antes vista” se não libertar imediatamente os 59 reféns ainda na sua posse. “Não vamos parar de combater enquanto todos os reféns não regressarem a casa e todos os objetivos da guerra sejam alcançados”, afirmou Katz. Na manhã de terça-feira, as Forças de Defesa de Israel ordenaram a evacuação de grande parte da zona fronteiriça do Norte e Leste de Gaza, indicando que uma renovada ofensiva terrestre poderá estar iminente.
Israel, com o apoio dos EUA, acusa o grupo islamista de violar o cessar-fogo por recusar prolongar a primeira fase da trégua e libertar os restantes reféns, enquanto o Hamas insiste que o acordo inicial previa que os reféns apenas fossem libertados durante a segunda fase do cessar-fogo, em troca da retirada total das forças israelitas de Gaza e do início das conversações com vista a um acordo de paz definitivo. Nas últimas semanas, Israel já tinha aumentado a pressão sobre o grupo palestiniano, primeiro impedindo a entrada da ajuda humanitária em Gaza e, depois, cortando o abastecimento de eletricidade ao território.
Durante a primeira fase da trégua, que começou a 19 de janeiro e tinha a duração prevista de seis semanas, o Hamas libertou 33 reféns israelitas e cinco tailandeses em troca da libertação de mais de dois mil presos palestinianos por Israel.
“ TRAGÉDIA SOBRE TRAGÉDIA”
O comissário dos Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, mostrou-se “horrorizado” com o fim da trégua, que disse constituir “uma tragédia em cima de outra tragédia” para os civis de Gaza. “O regresso ao uso da força só vai adicionar sofrimento a uma população que já enfrenta uma situação catastrófica”, denunciou.
RADICAL REGRESSA
O antigo ministro da Segurança Nacional de Israel, o radical de direita Itamar Ben-Gvir, cujo partido tinha saído do Governo em protesto contra o cessar-fogo em Gaza, anunciou ontem que vai regressar à coligação, reforçando assim a frágil maioria parlamentar do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
                        O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário. 
                        O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
                    
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
                    Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login. 
                    Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
                
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.