Thaer Abu Assab, de 38 anos, estava detido no sul de Israel.
A polícia israelita interrogou cerca de vinte guardas prisionais no âmbito de uma investigação sobre a morte de um prisioneiro palestiniano, na sequência de alegados atos de violência, informaram esta quinta-feira fontes israelitas e palestinianas.
De acordo com a agência noticiosa palestiniana Wafa, Thaer Abu Assab, de 38 anos, que era natural da cidade de Qalqilya, no norte da Cisjordânia ocupada, morreu em novembro depois de ter sido espancado por guardas da prisão do sul de Israel onde se encontrava detido.
"Esta semana, 19 guardas prisionais foram interrogados (...) e, no final do seu interrogatório, foram libertados em condições restritivas", declarou uma porta-voz da polícia.
A fonte acrescentou que a investigação dizia respeito a "um alegado incidente violento que ocorreu há cerca de um mês numa prisão no sul do país", mas recusou-se a dar mais pormenores, invocando a investigação em curso.
Uma porta-voz dos serviços prisionais recusou-se a comentar quando questionada pela AFP.
Segundo os meios de comunicação israelitas, o corpo de Thaer Abu Assab, que era filiado na Fatah, o partido do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e que cumpria uma pena de 25 anos de prisão, foi encontrado na sua cela.
De acordo com o diário israelita Israel Hayom, os resultados da autópsia efetuada ao corpo não permitiram determinar se a alegada violência por parte dos prisioneiros foi a causa da morte.
Mas o Comité Público contra a Tortura em Israel (PCATI) declarou num comunicado que o caso "levanta sérias suspeitas de que o Serviço Prisional Israelita (IPS) está a ser transformado de um organismo de encarceramento profissional para uma força vingativa e punitiva".
"Seis prisioneiros já morreram na prisão (...). Todos os casos de abuso e morte devem ser investigados imediatamente", acrescentou a entidade.
Numa entrevista ao Israel Hayom, o ministro da Segurança Nacional israelita, Itamar Ben Gvir, da extrema-direita, apelou a que a presunção de inocência dos guardas prisionais fosse preservada até ao final do inquérito.
"Não podemos esquecer que os nossos guardas prisionais estão a lidar com escória humana, assassinos, que representam um risco para a segurança", disse o ministro, em declarações ao diário israelita.
A 7 de outubro, quando começou a guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, as autoridades prisionais israelitas anunciaram condições de detenção mais duras para os prisioneiros palestinianos: proibição de sair da cela, proibição de comprar comida na cantina e de ter tomadas elétricas nas celas, e buscas de surpresa mais frequentes nas respetivas celas.
De acordo com os dados do Clube dos Prisioneiros Palestinianos, uma associação que defende os seus direitos, no início de dezembro cerca de 7.800 prisioneiros palestinianos encontravam-se em prisões israelitas.
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