Zelensky insiste em encontro com Putin e Kiev avança que forças russas só têm munições para três dias

Guerra na Ucrânia entrou esta terça-feira no 27.º dia. Os bombardeamentos prosseguem nos arredores de Kiev, enquanto a capital cumpre 35 horas de recolher obrigatório.

22 de março de 2022 às 10:06
Destruição em Kiev Foto: REUTERS/Gleb Garanich
Destruição em Kiev Foto: REUTERS/Gleb Garanich
Destruição em Kiev Foto: REUTERS/Gleb Garanich
Destruição em Kiev Foto: REUTERS/Serhii Nuzhnenko

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A guerra na Ucrânia entrou no 27.º dia e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, insiste em encontrar-se com o homólogo russo, Vladimir Putin, para que seja negociado o fim da guerra. Os bombardeamentos e disparos prosseguem nos arredores de Kiev. Na capital, que cumpre 35 horas de recolher obrigatório até às 7h00 de quarta-feira, o silêncio apenas é interrompido pelos combates e sirenes. As autoridades ucranianas anunciaram que as forças russas só têm munições, combustível e alimentos suficientes para mais três dias de combate.

Numa entrevista citada pela Interfax Ucrânia, Zelensky voltou afirmar que é fundamental um encontro com Putin: "Enquanto não tivermos uma reunião com o presidente da Federação Russa... não se pode verdadeiramente compreender o que eles estão dispostos a fazer para parar a guerra".

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Já esta terça-feira de manhã, o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que as forças russas só têm munições, combustíveis e alimentação para três dias.

"As forças de ocupação russas que operam na Ucrânia têm munições e reservas alimentares para não mais do que três dias", situação "semelhante com o combustível, que é reabastecido por camiões-cisterna", indicou a mesma fonte.

Na capital ucraniana, os intensos ataques dos últimos dias obrigaram a um novo recolher obrigatório de 35 horas que teve início às 20 horas desta segunda-feira e que se prolonga até às 7h00 de quarta-feira. O conselheiro presidencial ucraniano, Oleksiy Arestovych, sublinhou, numa entrevista televisiva, que a tentativa russa de capturar Kiev é "suicídio". 

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A 60 quilómetros de Kiev, a cidade de Makariv voltou a ter hasteada a bandeira ucraniana e as forças russas foram obrigadas a recuar.

Em Mariupol, a cidade mais fustigada pelos 27 dias de guerra, a população continua cercada e a Ucrânia voltou a pedir à Rússia que seja permitida a entrada de mantimentos na cidade e a saída de civis. "Exigimos a abertura de um corredor humanitário para civis", disse Iryna Vereshchuk , vice-primeira-ministra ucraniana.

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Vereshchuk afirmou ainda que as tropas russas estaõ a impedir a chegada de mantimentos aos residentes da cidade de Kherson.

Num momento em que muitos continuam a tentar abandonar a Ucrânia, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados avançou que já mais de 3,5 milhões de ucranianos fugiram do país.

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