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António Costa: "A segurança alimentar mundial está em risco"

Primeiro-ministro português deixa mensagem a Moscovo: "Petróleo russo tem dias contados na UE".

31 de maio de 2022 às 15:15

O primeiro-ministro António Costa esteve presente esta terça-feira, na conferência de imprensa conjunta a partir de Bruxelas, onde falou no final do Conselho Europeu, dizendo que "ao contrário do que todos previam foi possível encontrar um consenso para aprovar novas sanções". António Costa deixou ainda uma mensagem a Moscovo: "O petróleo russo tem os dias contados na UE".

"A situação energética de Portugal é favorável", referiu Costa, admitindo ainda que o país irá contribuir para a segurança energética da UE e será necessáo acelerar a interconexão com Espanha. 

"O essencial é que conseguimos aprovar por unanimidade um pacote de sanções que abrange o embargo da totalidade do petróleo exportado pela Rússia, sendo que há um diferimento do prazo relativamente àqueles aqueles países que são abastecidos por via dos oleodutos, de forma a dar-lhes mais tempo de encontrarem soluções alternativas para poderem continuar a satisfazer as suas necessidades energéticas sem recorrer ao petróleo russo. Mas de qualquer forma, a mensagem que é dada à Rússia é que o petróleo russo tem os dias contados na UE", sublinhou.

Deste modo, Hungria, Eslováquia e República Checa poderão continuar a abastecer-se de petróleo russo através de oleoduto até ser encontrada uma solução alternativa para o fornecimento a estes países sem acesso ao mar, uma solução que o primeiro-ministro considerou lógica atendendo às diferentes realidades entre os 27, e porque "o objetivo de sancionarmos a Rússia não é propriamente sancionarmos nenhum Estado-membro da UE".

O Conselho manifestou todo o apoio para as Nações Unidas, mas quanto a um possível sétimo pacote de novas sanções, António Costa diz que "não faz sentido discutir mais sanções" por enquanto. 

"A segurança alimentar mundial está em risco", acrescentou primeiro-ministro, especificando que o aumento dos preços para Portugal "é um risco muito grande", pois resulta num aumento dos níveis de inflação "que não tínhamos no nosso país".

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