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Combates chegam ao centro de Mariupol

Pelo menos 130 sobreviventes foram resgatados dos escombros do teatro arrasado pelos russos.

19 de março de 2022 às 01:30

As equipas de resgate que trabalham nos destroços do teatro bombardeado na quarta-feira por tropas russas em Mariupol conseguiram retirar pelo menos 130 pessoas com vida, mas há ainda perto de mil outras entre os escombros, referiram esta sexta-feira as autoridades ucranianas. No mesmo dia, a Câmara de Mariupol confirmou relatos russos que davam conta de combates no centro da cidade, enquanto o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, repetiu que os bombardeamentos continuam a impedir a criação de corredores humanitários seguros para a saída de civis e a entrada de apoio urgente. Sobre o teatro, o presidente adiantou que há uma pessoa gravemente ferida, mas não havia ainda esta sexta-feira confirmação de vítimas mortais.

Mariia Grinchenkova, de 86 anos, chegou a Lviv e é um testemunho vivo do sofrimento da cidade sitiada desde o início da invasão. Como milhares de residentes, esteve refugiada no teatro arrasado, mas saiu com a família um dia antes do ataque que o destruiu.

O Ministério da Defesa russo afirmou que está a ser apertado o cerco a Mariupol e que no centro “estão em curso combates com nacionalistas”. Vadym Boichenko, presidente da câmara, deu conta de combates “intensos” e da presença de “tanques e de disparos contínuos de metralhadora”. Os residentes, diz, “estão todos escondidos em bunkers”.

Anna, uma fotógrafa de 30 anos que escapou de Mariupol, conta que a cidade “já não tem centro”, pois está tudo arrasado e “não há local que não revele sinais da guerra”. Estimativas oficiais indicam que cerca de 80% das casas da cidade foram destruídas, sendo que 30% estão de tal forma arrasadas que não podem ser reconstruídas.

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