"As sanções visam impedir a exportação de produtos de alta tecnologia para a Rússia, o que poderá afetar a manutenção das capacidades militares", referem os serviços alfandegários.
As autoridades finlandesas retiveram centenas de vagões de carga provenientes da Rússia em diferentes cidades do país para verificar se transportam produtos abrangidos pelas sanções da União Europeia (UE), noticiou esta sexta-feira a agência russa TASS.
A companhia ferroviária finlandesa VR anunciou que a carga não será descarregada até ser verificada pelas autoridades.
"Neste momento, estamos a discutir com clientes e vários interessados o que fazer com a carga", disse o diretor comercial da VR, Eljas Koistinen, ao canal de televisão finlandês Yle.
A União Europeia (UE) e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão impuseram duras sanções económicas à Rússia por ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro.
As sanções da UE foram alargadas a mais produtos e indivíduos na quarta-feira.
De acordo com a Yle, o transporte ferroviário de mercadorias entre a Rússia e a Finlândia não parou completamente desde a invasão da Ucrânia, mas diminuiu visivelmente.
A carga russa praticamente não passa pelos portos finlandeses, porque as companhias de navegação e as empresas internacionais de logística se recusam a aceitá-la, segundo a mesma fonte.
Todo o tráfego ferroviário entre a Finlândia e a Rússia foi suspenso durante várias horas na quarta-feira à noite, horas depois de a UE ter alargado as sanções a mais produtos e empresas.
A passagem de comboios de mercadorias na fronteira entre a Finlândia e a Rússia em Vainikkala foi encerrada na quarta-feira, devido a uma acumulação de vagões de carga para inspecionar, noticiou a Yle.
As exportações para a Rússia carecem de um parecer do Ministério dos Negócios Estrangeiros para serem autorizadas pelas autoridades alfandegárias.
"As sanções visam impedir a exportação de produtos de alta tecnologia para a Rússia, o que poderá afetar a manutenção das capacidades militares", disse à Yle o diretor dos serviços alfandegários e antigo funcionário da missão consultiva da UE na Ucrânia, Mikko Grönberg.
As exportações finlandesas para a Rússia ascenderam a 3.700 milhões de euros em 2021, correspondendo a 5,4% do total das vendas ao exterior, enquanto as importações atingiram 8.600 milhões de euros, 11,9% do total, segundo dados disponibilizados no 'site' dos serviços alfandegários.
O Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, falou hoje por telefone com os seus homólogos ucraniano, Volodymyr Zelensky, e russo, Vladimir Putin, em mais uma tentativa para tentar parar a guerra na Ucrânia.
Niinisto pediu a Putin que permita um cessar-fogo imediato na Ucrânia e que aceite conversações diretas com Zelensky, anunciou a presidência finlandesa.
A Finlândia é o segundo país europeu - depois da Ucrânia - com a maior fronteira com a Rússia.
A guerra na Ucrânia entrou hoje no 16.º dia, sem que se conheça o número exato de baixas civis e militares.
A ONU confirmou 564 mortos e 982 feridos civis até quinta-feira, incluindo 41 crianças mortas e 52 feridas, mas alertou que o número de vítimas deverá ser muito superior.
Também segundo dados da ONU, a guerra forçou 4,5 milhões de pessoas a fugir de casa, das quais 2,5 milhões procuraram refúgio nos países vizinhos.
Trata-se da pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), segundo a ONU.
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