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Helicópteros ucranianos atacam depósito de combustível na Rússia

Imagens de câmaras de segurança mostram o momento do primeiro ataque ucraniano para lá da fronteira.

02 de abril de 2022 às 01:30

Um depósito de combustível foi esta sexta-feira arrasado em Belgorod, localidade russa próxima da fronteira com a Ucrânia que tem servido de posto de abastecimento das tropas russas que combatem no Leste ucraniano. Moscovo imputa o ataque a helicópteros ucranianos, o que, a ser verdade, representa a primeira ação ofensiva das tropas da Ucrânia em território da Rússia.

Imagens de câmaras de segurança mostram o momento do ataque. Primeiro surgem raios de luz de mísseis que atingem o depósito e pouco depois os dois helicópteros que fizeram os disparos. A presença de helicópteros ucranianos foi referida também pelo governador regional de Belgorod. Horas depois, residentes falavam de aviões a baixa altitude e do som de explosões vindo da fronteira. Não muito longe, do lado ucraniano, fica a cidade de Kharkiv.

As autoridades ucranianas começaram por não confirmar nem negar envolvimento no ataque. “A Ucrânia está a efetuar uma operação contra a agressão russa em território da Ucrânia e isso não significa que seja responsável por cada catástrofe em território da Rússia”, afirmou Oleksandr Motuzyanyk, porta-voz do Ministério da Defesa. Horas depois, o secretário do Conselho de Segurança ucraniano, Oleksiy Danilov, negou taxativamente: “Dizem que fomos nós, mas, de acordo com as nossas informações, isso não corresponde à realidade.”

Mas Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, culpou a Ucrânia e alertou que o incidente não cria condições favoráveis para as conversações.

Entretanto, em Kiev e Chernihiv, de onde os russos prometeram retirar, os governadores regionais confirmaram o recuo em direção à Rússia e à Bielorrússia. Nos arredores da capital, Irpin está na posse dos ucranianos e Bucha foi retomada esta sexta-feira, enquanto em Hostomel havia sinais de recuo russo. Apesar disso, Vitaly Klitschko, presidente da câmara de Kiev, desaconselhou o regresso dos civis. “O risco de morrer é elevado. Por favor, esperem um pouco mais”, apelou.

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A decisão russa de retirar as suas tropas de Chernobyl terá sido precipitada pelo adoecimento de dezenas de militares, que apresentaram sintomas de envenenamento por radiação após terem escavado trincheiras numa das zonas mais contaminadas pelo desastre nuclear de 1986, revelou a agência nuclear ucraniana. Vários autocarros com militares russos "gravemente doentes" chegaram na quinta-feira a uma "instalação médica especial" na região de Gomel, na Bielorrússia.

Os soldados terão adoecido após passarem vários dias a erguerem fortificações e a escavarem trincheiras na ‘Floresta Vermelha’, uma das zonas mais contaminadas da zona de exclusão. A notícia foi confirmada pelo MNE ucraniano, Dmitry Kuleba, que diz que os russos agiram de forma "irresponsável" após tomarem a central nos primeiros dias da invasão.

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