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Irlanda favorável a sanções ao petróleo russo 

"Precisamos adotar uma abordagem maximalista das sanções", defendeu o ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês.

11 de abril de 2022 às 12:23

O ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês defendeu esta segunda-feira que a União Europeia (UE) deve considerar a imposição de sanções à indústria petrolífera da Rússia, mas admitiu que é importante que o bloco de 27 países permaneça unido.

"Precisamos adotar uma abordagem maximalista das sanções para oferecer o mais forte efeito dissuasor possível à continuação desta guerra e brutalidade", disse Simon Coveney.

"Isso deve incluir, na nossa opinião, o petróleo. Sabemos que é muito difícil para alguns estados-membros e temos que manter uma posição unida em toda a UE", acrescentou, à margem da uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no Luxemburgo.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia discutem esta segunda-feira um sexto pacote de sanções à Rússia, face à sua agressão militar contra a Ucrânia, mas possíveis embargos às importações de petróleo e gás dividem os 27.

O braço executivo da UE, a Comissão Europeia, está a avaliar o que mais pode ser feito com um novo pacote de sanções, depois de ter conseguido fazer aprovar um embargo às importações de carvão, a partir de agosto próximo.

Vários países da UE dependem das importações russas de petróleo e gás, como a Alemanha e a Áustria.

Coveney reconheceu que "a União Europeia está a gastar centenas de milhões de euros na importação de petróleo da Rússia" e que isso "está certamente a contribuir para o financiamento desta guerra".

"Na nossa opinião, precisamos cortar esse financiamento da guerra", vincou. 

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre os quais 336 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo. 

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