"A Rússia permanece fiel às suas obrigações contratuais, tanto em volume quanto em preço", explicou o porta-voz.
O Kremlin desvalorizou esta quinta-feira o propósito da medida que obriga os europeus a pagar as contas de gás em rublos (a moeda oficial russa), e não em euros, alegando que se trata de uma simples questão de câmbio monetário.
Na semana passada, o Kremlin anunciou a obrigação de os clientes europeus da Gazprom - a empresa estatal de gás - pagarem as contas em rublos e não em euros ou dólares, como retaliação após as sanções ocidentais que congelaram grande parte das reservas de moeda estrangeira russas, por causa da invasão da Ucrânia.
"De facto, para quem recebe o gás russo, que paga as entregas, na realidade não há câmbio. Eles apenas adquirem rublos pelo valor em moeda que está prevista no contrato de fornecimento de gás", sublinhou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
"A Rússia permanece fiel às suas obrigações contratuais, tanto em volume quanto em preço", explicou o porta-voz, acrescentando que o Presidente russo, Vladimir Putin, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, bem como os seus conselheiros, discutiram o novo sistema em pormenor.
O gás russo é crucial para vários países da União Europeia, que desde o início da ofensiva russa na Ucrânia têm procurado encontrar alternativas de fornecimento energético, para evitarem a sua excessiva dependência de Moscovo.
A decisão de mudar para a faturação em rublos permite que a Rússia suporte melhor a sua moeda nacional, que foi desvalorizada pelos efeitos das sanções ocidentais.
A Rússia também já obriga as empresas exportadoras, incluindo a Gazprom, a converter 80% da sua faturação em rublos.
Estas medidas, bem como a imposição de uma taxa de juros de 20%, permitiram a recuperação da moeda russa, que, depois de ter desvalorizado consideravelmente após o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, voltou a níveis próximos aos registados antes do ataque.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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