Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente da destruição de parte da barragem.
Mais de 2.700 pessoas foram retiradas de zonas inundadas na sequência da destruição, na terça-feira, da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, anunciaram esta quarta-feira as autoridades ucranianas e russas.
"Mais de 1.450 pessoas foram retiradas", declarou à televisão ucraniana o porta-voz dos serviços de emergência, Oleksandre Khorounejii, segundo a agência noticiosa francesa AFP.
As autoridades instaladas por Moscovo na região, citadas pelas agências russas, anunciaram que já tinham sido retiradas 1.274 pessoas.
A barragem situa-se na região de Kherson, anexada pela Rússia, mas as forças ucranianas controlam a parte situada na margem direita do rio Dniepre e as tropas russas a margem esquerda.
A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente da destruição de parte da barragem, que fornece água à península da Crimeia, ocupada e anexada pela Rússia em 2014.
Kiev disse que as forças russas tinham colocado minas na estrutura, como denunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em outubro, e Moscovo atribuiu a destruição da barragem a bombardeamentos ucranianos.
Os serviços de inteligência militar britânicos, que têm divulgado uma avaliação diária sobre o curso da guerra na Ucrânia, não atribuíram uma causa à destruição da barragem, referindo-se a um "colapso parcial" pelas 03h00 locais de terça-feira.
Cerca de nove horas depois, "toda a parte oriental da barragem e grande parte das infraestruturas hidroelétricas e de serviços públicos foram arrastadas", disseram os analistas militares no boletim divulgado pelo Ministério da Defesa britânico.
"É provável que a estrutura da barragem se deteriore ainda mais nos próximos dias, causando mais inundações", alertaram os analistas britânicos na avaliação divulgada na rede social Twitter.
Os mesmos especialistas disseram que o nível da água da barragem controlada pela Rússia tinha atingido "um nível recorde antes do colapso, o que resultou num volume particularmente elevado de água que inundou a área a jusante".
Os peritos consideraram também ser "pouco provável que a central nuclear de Zaporijia, situada a 120 quilómetros da barragem, se veja confrontada com problemas de segurança adicionais imediatos em consequência da descida do nível da água na albufeira".
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que tem peritos na central de Zaporijia, já tinha feito uma avaliação idêntica na terça-feira.
A generalidade da comunidade internacional culpou a Rússia pela destruição da barragem, mas o secretário-geral da ONU, António Guterres, mostrou-se prudente numa reação divulgada na terça-feira.
Guterres disse que a ONU não tinha acesso a informações independentes sobre as circunstâncias da destruição da barragem, mas considerou tratar-se de uma "monumental catástrofe humana, económica e ecológica", e outra "consequência devastadora da invasão russa" da Ucrânia.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
Com um balanço de vítimas civis e militares por contabilizar, o conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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