Analistas militares ocidentais têm dito que Kiev ainda não lançou a maior parte das forças na contraofensiva.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vaticinou esta sexta-feira o insucesso da contraofensiva que as forças ucranianas têm em curso contra as tropas russas na Ucrânia.
"As forças armadas ucranianas não têm qualquer hipótese nessa ou noutras áreas", afirmou Putin durante o Seminário Económico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês).
Putin disse que as forças ucranianas "utilizaram as chamadas reservas estratégicas para romper as defesas [russas], consolidar as suas próprias defesas e avançar".
"Nenhum destes objetivos foi alcançado", afirmou Putin, citado pela agência francesa AFP.
Putin reiterou que a Ucrânia estava a sofrer "perdas muito pesadas" na contraofensiva lançada recentemente.
Considerou ainda que a Ucrânia não será capaz de lutar "durante muito tempo" por falta de equipamento militar, apesar dos fornecimentos ocidentais.
Moscovo tem insistido que a atual ofensiva ucraniana falhou, enquanto Kiev diz ter libertado algumas cidades e cerca de cem quilómetros quadrados, principalmente na frente sul.
Analistas militares ocidentais têm dito que Kiev ainda não lançou a maior parte das forças na contraofensiva, segundo a AFP.
No SPIEF, Putin descreveu o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, como uma "desgraça para o povo judeu" e acusou de novo Kiev de estar nas mãos de neonazis para justificar a invasão em 24 de fevereiro de 2022.
"Tenho muitos amigos judeus desde a infância. E eles dizem que Zelensky não é judeu, mas uma vergonha para o povo judeu. Isto não é uma piada", disse Putin, cuja longa intervenção foi transmitida em direto pela televisão russa.
Putin acusou mais uma vez Zelensky de encobrir "bastardos neonazis" e de tratar os colaboradores nazis da Segunda Guerra Mundial como heróis.
"Porque é que eles não nos ouvem? Somos obrigados a lutar contra isto", afirmou.
"Temos todo o direito de considerar que o objetivo de desnazificar a Ucrânia é um dos principais objetivos", acrescentou.
Ao anunciar a invasão, Putin disse que Moscovo pretendia "desmilitarizar e desnazificar" a Ucrânia, que se separou da Rússia com a dissolução da antiga União Soviética, em 1991.
Putin também tem acusado o regime de Kiev de um alegado genocídio de falantes de russo na Ucrânia, sobretudo no Donbass, a região formada pelas autodeclaradas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.
O líder russo reconheceu a independência dos dois territórios ucranianos antes de lançar a invasão militar, que também justificou com um pedido de auxílio das forças separatistas do Donbass.
Em setembro passado, a Rússia anexou Donetsk e Lugansk, bem como Kherson e Zaporijia, depois de ter feito o mesmo à Crimeia, em 2014, quando se iniciou a guerra separatista no Donbass, com apoio de Moscovo.
Kiev e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas à Ucrânia.
O SPIEF, considerado o contraponto russo ao Fórum Económico de Davos, na Suíça, decorre até sábado.
Dedicado ao tema "O desenvolvimento soberano é a base de um mundo justo. Vamos unir forças para o bem das gerações futuras", conta com a participação de representações de 15 países, segundo a agência oficial TASS.
A lista de convidados inclui o Presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, que efetua uma visita de estado à Rússia.
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