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Rússia leva alegações de ‘bomba suja’ à ONU

Moscovo diz que ataque radiológico será considerado como “terrorismo nuclear”.

26 de outubro de 2022 às 01:30

A Rússia levou esta terça-feira perante o Conselho de Segurança da ONU a sua alegação de que a Ucrânia estará a preparar um ataque com uma ‘bomba suja’, apesar dos sucessivos desmentidos do Governo ucraniano e dos seus aliados ocidentais.

Na sessão, que decorreu à porta fechada, o embaixador russo nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, insistiu nas alegações e avisou que o eventual uso de uma ‘bomba suja’ pelas forças ucranianas seria considerado por Moscovo como um ato de “terrorismo nuclear”. Segundo a Rússia, o Governo ucraniano terá dado ordens a duas instituições ligadas à indústria nuclear - o Instituto de Pesquisa Nuclear de Kiev e a Central de Enriquecimento Mineral de Dnipropetrovsk - para preparem uma ‘bomba suja’ para usar no seu próprio território, de modo a culpar a Rússia e forçar uma reação internacional.

Já o Presidente ucraniano diz que é a Rússia que se prepara para usar um engenho radioativo e que a alegações visam criar uma cortina de fumo para acusar Kiev. “Se os russos dizem que a Ucrânia está a preparar algo, isso só pode significar uma coisa: é que eles próprios é que têm isso preparado”, acusou Volodymyr Zelensky, que pediu à Agência Internacional de Energia Atómica para realizar inspeções urgentes nos dois locais denunciados pelos russos de forma a desmentir categoricamente as mentiras de Moscovo.

O Presidente checheno, Ramzan Kadyrov, aliado de Vladimir Putin, voltou esta terça-feira a criticar a estratégia das forças russas na Ucrânia e defendeu que as cidades ucranianas “ devem ser eliminadas do mapa” em caso de ataques contra o território russo. “Eles têm de perceber que não podem disparar na nossa direção”, afirmou.

O embaixador russo junto da Agência Internacional de Energia Atómica considerou “razoável” a proposta da organização para criar uma zona de proteção e segurança em redor da central nuclear de Zaporíjia, alvo de vários bombardeamentos nos últimos meses.

Reconstrução vai custar 750 mil milhões

O Presidente ucraniano pediu esta terça-feira um “compromisso internacional” para a reconstrução da Ucrânia, estimada em 750 mil milhões de euros. Volodymyr Zelensky falava no arranque de uma conferência internacional em Berlim, na qual foi defendido “um novo Plano Marshall” para o país.

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