A edição de hoje
Líder ucraniano quer que sejam estabelecidas “posições comuns” e pede a países europeus para apoiarem plano franco-britânico.
Volodymyr Zelensky acredita que a relação com Donald Trump ainda pode ser salva e está a trabalhar com os aliados europeus para tentar convencer o Presidente dos EUA a ter em conta os interesses da Ucrânia nas conversas com a Rússia. “Vamos definir as nossas posições comuns - o que queremos alcançar e o que não é negociável. Estas posições serão apresentadas aos nossos parceiros americanos”, afirmou o Presidente ucraniano, após uma reunião em Londres com os aliados. A prioridade é conseguir “uma paz sólida e duradoura, e um bom acordo sobre o fim da guerra”, sublinhou. “Estamos todos unidos num ponto principal: a paz real exige garantias de segurança reais. E esta é a posição de toda a Europa. O Reino Unido, a União Europeia, a Noruega e a Turquia”, acrescentou.
Zelensky apelou ainda aos países europeus para apoiarem o plano de paz franco-britânico, que inclui garantias de segurança específicas para a Ucrânia, antes do início das eventuais conversações com a Rússia. Com esta iniciativa conjunta, Kiev e os parceiros europeus esperam que os EUA acedam à exigência de Zelensky, de delinear um mecanismo que obrigue a Rússia a cumprir qualquer acordo de paz que venha a ser assinado. Foi a insistência de Zelensky nesta questão – que Trump defende que seja abordada numa fase posterior das negociações – que desencadeou o confronto verbal entre os dois líderes na Casa Branca, na sexta-feira.
Apesar do momento de tensão, o líder ucraniano disse continuar pronto para assinar o acordo sobre minerais com os EUA, “se todas as partes estiverem prontas”. “Estou pronto para todos os formatos construtivos nas relações com os Estados Unidos. Penso que temos tudo o que precisamos”, sublinhou. Entretanto, a China mantém a sua posição sobre a guerra na Ucrânia e não comenta o desentendimento entre Trump e Zelensky. “A China vai continuar a desempenhar um papel construtivo na procura de uma solução política para a crise na Ucrânia”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, quando questionado sobre as declarações de Trump, que acusou Zelensky de não estar pronto para a paz.
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