Segundo carro ligado a execução da ativista Marielle Franco
Descobertos mais envolvidos num assassínio que tem polícias como principais suspeitos.
A polícia do Rio de Janeiro descobriu que dois carros, e não um, participaram na execução da vereadora e ativista Marielle Franco, morta a tiro na quarta-feira à noite numa rua daquela cidade brasileira. O segundo veículo foi detetado em imagens de câmaras de videovigilância de imóveis do percurso feito pelo carro da vereadora e o dos assassinos.
Analisando dezenas de câmaras, os agentes da Divisão de Homicídios perceberam que, a certa altura, um segundo carro se juntou ao Cobalt usado pelos assassinos na perseguição e execução da vereadora, seguida por quatro km entre os bairros da Lapa, onde participara num debate, e o do Estácio, onde foi morta. Não foram divulgadas imagens nem reveladas características do segundo veículo.
Outras imagens mostram que o Cobalt chegou ao local do evento em que participou Marielle antes da vereadora e ficou ali até ao final, duas horas depois, período durante o qual o condutor falou várias vezes ao telemóvel. Quando Marielle saiu no carro oficial, o Cobalt fez sinal de luzes, para alertar o segundo carro agora descoberto, e encetou a perseguição que culminou na morte da ativista e do seu condutor, Anderson Gomes.
Balas são da polícia
Perícia da Polícia Judiciária do Rio de Janeiro identificou que as balas usadas para matar Marielle foram fabricadas em 2006 para a Polícia Federal de Brasília, e agora as duas corporações vão tentar rastear como é que os projéteis foram parar às mãos dos assassinos.
Repercussão mundial
A execução de Marielle teve repercussão mundial, com governos, parlamentos (incluindo o português e o europeu) e a ONU a homenagearem a vereadora, enquanto por todo o Brasil famosos e anónimos foram às ruas protestar contra o crime.
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