Tibau Tavares levou Munganga ao Kriol Jazz Festival em Cabo Verde
Ritmos cabo-verdianos estão presentes no disco de Tibau Tavares, Munganga, que significa choro de escravo.
Tibau Tavares é da ilha do Maio, em Cabo Verde. Os seus concertos são maioritariamente no norte da Europa, onde vive, mas este ano foi até à cidade da Praia onde participou no Kriol Jazz Festival, na mesma noite em que estiveram em palco Salif Keita, Steve Coleman e os Afro Cuban Jazz Project.
Há dez anos começou a tocar com uma banda na Alemanha, mas no ano passado gravou um disco, chamado Munganga, com uma banda austríaca que o acompanhou até Cabo Verde.
"Munganga é um tema que tem muito a ver com África, é uma expressão africana que já não se usa, significa choro de escravo", informa Tibau Tavares.
No disco encontram-se os vários ritmos cabo-verdianos, da morna ao batuque, e conta também com a participação de um percussionista senegalês, e de um instrumento tradicional africano que é o corá.
Morena Guitarra é um dos temas do disco, em ritmo ‘cola-samba’.
"É uma coladeira com nuances de samba. A música tem um pouco de humor. A letra diz: A minha guitarra é um ninho de amor, cada vez que uma corda toca uma miúda se apaixona. Porque aqui os músicos são muito famosos, quando tocam as mulheres apaixonam-se. É uma brincadeira", conclui o cantor com uma gargalhada.
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