Afinal desinfetar superfícies para evitar Covid-19 é pouco eficaz, revela Centro de Controlo de Doenças dos EUA

Desde o início da pandemia que as teorias de como se propaga o vírus têm sido mais que muitas e nos primeiros meses o mundo começou a investir na desinfeção dos espaços e superfícies para travar o contágio da Covid-19, no entanto, será isso uma forma eficaz de combater o vírus? 

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, o risco de transmissão da Covid-19 através de superfícies é baixo e as pessoas que desinfetam superfícies obsessivamente podem estar, afinal, a fazer "mais mal do que bem", aponta a CNN.A CDC afirma que se deve ter muito mais atenção à transmissão aérea do vírus. Vincent Hill, chefe da Divisão de Prevenção de Doenças Transmitidas pela Água, numa entrevista telefónica patrocinada pelo CDC, afirma que o risco de transmissão ao tocar em superfícies, embora pequeno, é elevado em ambientes fechados. Mas, ao ar livre, o sol e outros fatores podem destruir os vírus.

O vírus morre "rapidamente" em superfícies porosas, mas pode persistir por mais tempo em superfícies internas duras, acrescenta. O estudo da CDC também sugere que a transmissão de superfície seja mais provável nas primeiras 24 horas após uma pessoa ser infetada.

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças conclui que, apesar de não ser uma perda de tempo, esta não é nem a única nem a forma mais eficaz de combater a pandemia. 

"Na maioria das situações, limpar as superfícies com sabão ou detergente, e não desinfetar, é suficiente para reduzir o já baixo risco de transmissão do vírus através das superfícies", disse Hill. "Desinfetar superfícies normalmente não é necessário, a menos que uma pessoa doente ou alguém positivo para Covid-19 tenha estado na casa nas últimas 24 horas", conclui.