Incêndios na Amazónia aumentam 85% com Bolsonaro

Fiscalização de crimes ambientais na Amazónia caiu 42,4% desde o início do ano.

Fogos na Amazónia Foto: Carl de Souza / AFP
Amazónia consumida pelas chamas Foto: EPA
Amazónia consumida pelas chamas Foto: EPA

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Novos dados revelados por agências do governo brasileiro confirmam que o número de incêndios na floresta amazónica aumentou drasticamente desde que o presidente, Jair Bolsonaro, tomou posse, em janeiro, numa clara consequência da redução da fiscalização por ele impulsionada.

De acordo com o último relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, subordinado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, de 1 de janeiro ao passado dia 23 de agosto foram registados no Brasil 76,7 mil focos de incêndio, o que representa uma subida de 85% em relação ao mesmo período de 2018.

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Já o Ibama, órgão do Ministério do Ambiente que fiscaliza e pune crimes ambientais, divulgou que, no mesmo período, houve uma queda de 29,4% no número de fiscalizações e multas de todos os tipos de crimes contra a natureza, em grande parte devido aos cortes no financiamento daquela agência impostos pelo governo. Quando se leva em conta apenas a Amazónia, a redução na fiscalização foi ainda maior, tendo-se cifrado nos 42,4%.

Sob pressão, Bolsonaro ensaiou sábado uma reação tímida, enviando para a Amazónia dois aviões Hércules C130 e anunciando a mobilização de 44 mil militares para ajudarem a combater os fogos, mas não se sabe ainda como nem quando o farão.

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Entretanto, o G7, reunido desde sábado em Biarritz, acordou criar um fundo internacional que num primeiro momento vai financiar o combate aos focos de incêndio na Amazónia e, num segundo passo, ajudará a recuperar aquela floresta.

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