Balanço de mortos dos fogos da Grécia sobe para 85 pessoas
Ainda há dezenas de pessoas desaparecidas e mais de 60 hospitalizadas, incluindo crianças.
Pelo menos 85 pessoas perderam a vida nos graves incêndios que assolaram vários locais da Grécia, desde segunda-feira, avança esta quinta-feira o jornal Kathimerini.
O número de vítimas tende a aumentar devido à dimensão dos fogos e do facto de haver vários desaparecidos, incluindo turistas. O estado de carbonização com que foram encontrados muitos dos corpos está a dificultar a identificação das vítimas.
O Ministério da saúde grego, citado pela imprensa local, avançou esta quarta-feira que há 60 feridos hospitalizados, sendo que 11 estão em estado crítico. Há quatro crianças internadas na ala pediátrica.
O governo grego já declarou três dias de luto nacional e, entretanto, quatro pessoas foram detidas esta quarta-feira por suspeita de envolvimento em saques em casas de Neos Voutzas, povoação perto de Atenas, também devastada pelo fogo.
A zona turística de Mati é uma das mais afetadas pelas chamas, sendo que todas as vítimas foram encontradas perto do porto de Rafina. Só nesta localidade morreram 26 pessoas, junto a uma praia, sendo que muitas delas estavam abraçadas.
19 pessoas foram encontradas no mar e resgatadas de seguida, enquanto 696 foram resgatadas nas praias através de barcos de apoio.
Uma mulher de nacionalidade polaca e o filho estão entre as pessoas que alegadamente morreram afogadas no momento em que estavam a ser retiradas, segundo avançou a Sky News.
Em pânico, centenas de famílias fugiram em direção à costa para escapar ao fogo, sendo que alguns acabaram por morrer afogados.
"Mati já nem sequer existe enquanto lugar de residências", garantiu uma moradora, em entrevista à Skai TV. "Vi corpos, carros carbonizados. Sinto-me sortuda por estar viva", admitiu.
Os incêndios no país devastaram 1500 casas, destruíram 200 viaturas e obrigaram a diversas evacuações, com as autoridades a declararem o estado de emergência e a pedirem ajuda europeia.
Mais de 600 bombeiros estiveram no combate ao fogo, alguns dos quais da Alemanha, Espanha, Croácia e Itália.
Os incêndios afetaram igualmente as linhas elétricas, o que deu origem a cortes de energia. Vários banhistas ficaram também cercados pelas chamas em Ática e os comboios também deixaram de circular em várias linhas.
O governo português afirma que, até ao momento, não há registo de portugueses entre as vítimas ou desaparecidos.
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