Jovem de 14 anos morre de overdose de ecstasy
Mãe da menina acredita que foi a pandemia que a levou a este caminho.
A jovem de 14 anos encontrada sem vida na sua própria cama pela mãe, depois de ter consumido continuamente ecstasy durante o confinamento da Covid-19, em Inglaterra, pode ter tido um bloqueio que a fez isolar devido às restrições nacionais impostas pela pandemia.
Quem o diz é a mãe da rapariga que também revelou no seu depoimento a crescente preocupação depois de ter notado uma mudança de visual, dependência das redes sociais como o snapchat, bem como as novas companhias que faziam-na desconfiar de consumo de drogas.
Amigos da jovem confirmaram saber das suas práticas de consumo, garantindo que por várias vezes tentaram dissuadi-la a deixar de o fazer.
"Estere era uma boa amiga e uma boa companhia. Implorámos que parasse. Nunca pensei tivesse uma overdose. Estava farta de ficar fechada à chave. Era uma pessoa adorável, sinto muito a sua falta", disse uma das suas amigas.
Segundo Ron Nutting, inspetor da polícia de Humberside, em Inglaterra, as buscas ao quarto de Estere não confirmam ter havido um consumo excessivo consciente que levou à overdose.
A autópsia determinou "um nível muito mais alto de MDMA (ecstasy) do que o uso recreativo", que por norma resulta em insuficiência cardíaca e insuficiência renal e hepática.
A médica legista Marianne Johnson garante que o que determinou a morte da jovem foram as drogas e alerta outros jovens possam pensar que o ecstasy é uma droga segura: "A realidade é que não é uma droga segura. É uma droga perigosa porque não há nível seguro conhecido. Age de forma diferente de acordo com as circunstâncias".
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