Médico reformado convocado para tratar doentes morre com coronavírus
Lian Wudong morreu nove dias após contrair o vírus mortal, enquanto trabalhava no hospital de Wuhan, na China.
Um médico do hospital de Wuhan, na China, morreu nove dias após ter contraído o coronavírus mortal, que já provocou a morte de 41 pessoas naquele País.
Lian Wudong, de 62 anos, era um dos profissionais de saúde responsáveis por tratar os doentes infetados pelo vírus. Apesar de já estar reformado, o médico foi convocado para ajudar a lidar com o surto, mas acabou também por adoecer e por morrer.
De acordo com a imprensa chinesa, um outro médico também terá morrido naquele hospital de ataque cardíaco enquanto assistia os doentes.
Esta sexta-feira, imagens colocadas nas redes sociais na China mostram cenas caóticas no hospital de Wuhan, com um corredor repleto de pessoas à espera de tratamento. Há também vídeos de pessoas a colapsar nas ruas, mas a veracidade das mesmas levanta dúvidas.
O novo ano lunar chinês arranca este sábado, mas cerca de 36 milhões de pessoas em 13 cidades estão impedidas de viajar para se juntarem às famílias, como é habitual nesta época. O número de pessoas infetadas aumentou esta sexta-feira para 897. O número de mortos subiu de 27 para 41.
A ministra francesa da Saúde, Agnès Buzyn, confirmou esta sexta-feira que foram identificados três casos de infeção pelo novo coronavírus: um paciente em Bordéus e dois outros na zona de Paris.
Preocupante é um artigo publicado na revista científica ‘Lancet’, no qual médicos da Universidade de Hong Kong afirmam que pessoas sem quaisquer sintomas podem ter o coronavírus e contagiar outras pessoas. Isto pode tornar o vírus muito mais difícil de conter. Segundo o artigo, o novo coronavírus foi detetado nos pulmões de uma criança que não apresentava sintomas.
Em Portugal já houve três casos suspeitos de coronavírus nos últimos dias, mas os piores receios não se confirmaram.
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