Presidente do PE quer divisão das responsabilidades
Schulz quer que a responsabilidade com os imigrantes seja dividida por todos os Estados-membros.
O presidente do Parlamento Europeu (PE) apelou, esta quinta-feira, em Bruxelas para uma divisão mais justa entre os Estados-membros da responsabilidade com imigrantes, sublinhando que a falta de uma política comum de asilo transforma o Mediterrâneo num cemitério.
"A ausência de uma política de asilo e imigração verdadeiramente europeia está a transformar o Mediterrâneo num cemitério", disse Martin Schulz, intervindo na reunião do Conselho Europeu extraordinário dedicado ao tema dos fluxos migratórios no Mediterrâneo.
Para o presidente do PE, a gestão das fronteiras externas europeias é uma responsabilidade comum, apelando, assim, à Comissão Europeia para que apresente em maio uma proposta "ambiciosa e abrangente" sobre políticas de asilo e imigração.
"Itália, Malta Grécia, Chipre e Espanha são diretamente afetados pela chegada de refugiados por mar porque são portas de entrada na Europa", lembrou Schulz.
Por outro lado, quatro Estados-membros receberam quase dois terços de todos os pedidos de asilo: Alemanha, Suécia, Itália e França e, destes, a Alemanha foi o principal país de acolhimento.
"Claramente, precisamos de encontrar uma divisão de responsabilidades mais justa no espírito da solidariedade europeia. Porque não é justo que os países com fronteira do Mediterrâneo tenham que lidar sozinhos com a imigração", adiantou.
Para Schulz, há que combater as causas da imigração, o que inclui maior cooperação com os países de origem e de trânsito e o combate às redes de tráfico de pessoas.
"Os traficantes criminosos estão a enriquecer à custa da miséria de outros e a pôr as vidas deles em risco", salientou o presidente do PE.
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