Rei Felipe VI propõe investidura de Feijóo como líder do governo
Feijóo precisa do apoio de 176 dos 350 deputados para conquistar o cargo de primeiro-ministro.
O rei Felipe da Espanha nomeou, esta terça-feira o líder do conservador Partido Popular (PP), Alberto Nunez Feijóo, para enfrentar uma votação parlamentar para primeiro-ministro, disse a presidente da Câmara dos Deputados, Francina Armengol.
Segundo a Reuters, o rei, que é chefe de Estado, tomou a decisão depois de consultar os representantes dos partidos que obtiveram assentos parlamentares nas eleições de 23 de julho para saber quem apoiariam na votação de investidura.
Nenhum partido ou bloco obteve uma maioria absoluta de lugares nas eleições gerais antecipadas. O PP de Feijóo obteve o maior número de lugares - 137 - e, até à data, conta com o apoio de mais 35 deputados, incluindo os do partido de extrema-direita Vox, totalizando 172 deputados.
Feijóo vai precisar do apoio de 176 dos 350 deputados da câmara para conquistar o cargo de primeiro-ministro ou, de uma maioria simples de mais votos a favor do que contra numa segunda votação. Se voltar a perder, o rei terá de escolher um novo candidato.
O primeiro-ministro em exercício, Pedro Sanchez, afirmou que tenciona procurar o apoio da Câmara dos Deputados para um novo mandato.
Se nenhum candidato assegurar a maioria no prazo de dois meses após a primeira votação, serão convocadas novas eleições.
O Rei de Espanha justificou a indicação do presidente do Partido Popular para candidato a primeiro-ministro por ter sido o mais votado nas eleições e não existir, para já, uma "maioria suficiente" de apoio a outro nome.
Felipe VI sublinhou, num comunicado, que o candidato do partido mais votado nas eleições legislativas de Espanha foi sempre o primeiro a ser proposto ao parlamento pelo chefe de Estado como candidato a primeiro-ministro.
"Esta prática foi-se convertendo com o passar dos anos num costume" e nas consultas com os partidos que conseguiram representação parlamentar nas eleições de 23 de julho o Rei de Espanha "não constatou que, no dia de hoje, exista uma maioria suficiente para uma investidura que fizesse cair este costume", lê-se num comunicado da Casa Real espanhola.
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