Russos afastam tese de acidente
Peritos admitem "explosão a bordo" do avião que caiu no Egito.
Numa conferência de imprensa realizada em Moscovo, o vice-diretor da companhia aérea, Alexander Smirnov, rejeitou a tese de falha técnica ou erro humano no voo 9268, que partira do aeroporto de Sharm el-Sheik, no Egito, com destino a São Petersburgo, na Rússia.
"O avião estava em excelentes condições. Descartamos uma falha técnica ou erro da tripulação. A única explicação razoável é uma ação externa", disse.
Depois de o chefe da equipa de investigadores aeronáuticos enviada pela Rússia ter confirmado que o avião se desintegrou no ar, Smirnov frisou que "nenhuma combinação de falhas no sistema" justifica esse cenário. Segundo o relato daquele responsável, o avião perdeu velocidade e começou a descer rapidamente, descontrolado, sem que tivesse sido detetada qualquer tentativa da tripulação para contactar a torre de controlo ou informar de uma anomalia a bordo.
Apesar de ainda não estar concluído o exame às caixas negras do avião, peritos em acidentes aéreos admitem que a separação da fuselagem no ar e algumas marcas nos destroços validam a tese de "explosão a bordo".
Os governos russo e egípcio desvalorizam o grupo Península do Sinai (ramo egípcio do Estado Islâmico), que reivindica ter abatido o avião, em retaliação pelos bombardeamentos russos na Síria. Também os serviços secretos dos EUA dizem "não existir qualquer sinal" de ataque terrorista.
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