União contra ISIS "sem condições"
Potências internacionais longe de um acordo.
A Rússia acusou esta quarta-feira os EUA de bloquearem a formação de uma coligação internacional contra o Estado Islâmico (ISIS) com a sua insistência em exigir o afastamento prévio do presidente sírio Bashar al-Assad.
As posições opostas de Washington e Moscovo sobre o futuro de Assad têm sido o grande entrave a uma solução política internacionalmente negociada para o conflito sírio e ameaçam agora a desejada união global contra o terrorismo.
Os EUA, que exigem a demissão do presidente sírio como pré-condição para qualquer acordo político, acusam a Rússia de só ter surgido no conflito para ajudar Assad a manter-se no poder e têm rejeitado, por isso, qualquer coordenação militar com Moscovo. Já a Rússia diz-se pronta para criar uma frente militar comum com os EUA e outros países, mas defende que o futuro de Assad deve ser decidido pelos sírios.
"É inaceitável que se imponham condições para criar uma frente unida na batalha contra o ISIS", disse esta quarta-feira o MNE russo Sergei Lavrov, exortando os EUA a seguir o exemplo da França, que na sequência dos ataques de Paris decidiu coordenar com a Rússia a sua ação militar na Síria.
"Julgo que devíamos estar juntos nesta luta", disse o PM russo Dmitry Medvedev. "O ISIS declarou guerra a todo o mundo civilizado. Perante isto, estranhamos a atitude de alguns países", acrescentou, frisando que EUA e Rússia deviam pôr de lado as diferenças para combater o terrorismo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt