PM disse que julgou que evento que juntou dezenas de funcionários de Downing Street se tratava de um “encontro de trabalho".
Boris Johnson pede desculpa por festa no jardim
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson pediu ontem desculpa no Parlamento por ter participado numa festa secreta com dezenas de pessoas no jardim da sua residência oficial em maio de 2020, em pleno confinamento por causa da pandemia, mas caiu no ridículo ao alegar que julgava tratar-se de um “encontro de trabalho”.
“Percebo a fúria das pessoas quando pensam que as regras não são cumpridas pelas pessoas que as fazem”, admitiu Johnson, que tentou fazer passar o sucedido como um mal-entendido. “O Nº 10 é uma residência grande e tem um jardim que funciona como um prolongamento do escritório, o qual estava constantemente a ser usado devido à importância do ar fresco para travar a propagação do vírus. Quando saí para o jardim para agradecer aos funcionários, pensei implicitamente que se tratava de um encontro trabalho. Olhando para trás, devia ter mandado toda a gente para dentro”, explicou Johnson, por entre gargalhadas e vaias da oposição. Recorde-se que um email vindo a público esta semana mostra que foi o secretário pessoal de Johnson quem agendou a festa, convidando mais de 100 assessores e funcionários. “Tragam as vossas bebidas”, pediu, contrariando a tese de que se tratava de um encontro de trabalho.
“A festa acabou, primeiro-ministro. Após meses de mentiras, estamos a assistir ao espetáculo patético de um homem sem ter mais por onde fugir. A sua alegação de que não percebeu que se tratava de uma festa é ridícula e ofensiva para o público britânico”, afirmou o líder da oposição, Keir Starmer.
A revolta alastrou ao próprio Partido Conservador, cujo líder na Escócia, Douglas Ross, disse ontem que a posição do PM é “insustentável”. “Politicamente, o primeiro-ministro é um cadáver ambulante”, admitiu outro deputado conservador, Roger Gale.
Vários deputados conservadores anunciaram que vão escrever ao Comité 1922 do partido a pedir a demissão do primeiro-ministro. Recorde-se que para despoletar uma votação sobre a continuidade de Johnson é preciso que pelo menos 54 deputados conservadores (15% da bancada) escrevam cartas ao Comité a pedir a sua demissão.
Quer aguardar inquérito
Questionado sobre se tenciona demitir-se, Johnson disse que vai aguardar as conclusões da comissão independente que investiga as festas ilegais do governo durante o confinamento.
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