Temporal provocou queda de postes, árvores e muros e ainda várias ruas inundadas e casas destelhadas.
Rio de Janeiro decreta situação de emergência após tempestade matar 11 pessoas
O autarca do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, decretou situação de emergência naquela cidade brasileira depois de chuvas torrenciais ininterruptas entre a noite de sábado, 13, e o final de domingo, 14, terem provocado a morte de pelo menos 11 pessoas e deixado um imenso rasto de destruição. Uma pessoa continua desaparecida e a ser procurada pelos Bombeiros, uma mulher cujo carro foi arrastado pela enxurrada para dentro do Rio Botas, em Belford Roxo, e submergiu.
O decreto de situação de emergência foi publicado em edição extraordinária do Diário do Município ainda na noite deste domingo, com validade pelos próximos 90 dias. A situação de emergência vai permitir ao governo municipal remanejar verbas de qualquer secretaria ou órgão para empregar na ajuda a vítimas do violento temporal e realizar obras de emergência sem necessidade dos habituais trâmites burocráticos ou a realização de concursos públicos para adjudicação dos serviços.
Ainda na noite de domingo, Paes recebeu um telefonema do presidente Lula da Silva, solidarizando-se com o sofrimento da população carioca. Mais do que se solidarizar, Lula colocou à disposição do Rio de Janeiro os meios técnicos e equipamentos que forem necessários para a cidade se recuperar da tragédia, e prometeu autorizar com rapidez as verbas de emergências que a edilidade pedir para apoiar a população afetada e reconstruir áreas e casas destruídas.
Esta segunda-feira, 15, os rastos da destruição provocados pela forte intempérie ainda eram visíveis por toda a cidade, principalmente na zona norte, a mais afetada, estando algumas vias ainda inundadas, lixo por todo o lado, postes, árvores e muros caídos, acessos interrompidos a várias comunidades e muitas casas destelhadas ou cheias de água das chuvas, ou de rios próximos que transbordaram e invadiram as residências, fazendo os moradores perderem tudo o que tinham. Só no final da noite de domingo motoristas que estavam ilhados dentro dos seus carros na estrada que dá acesso à região serrana do Rio, a BR 040, conseguiram retomar o seu caminho ou voltar para a cidade, em alguns casos depois de 10 horas parados no meio da cheia.
Durante o violento temporal, muitos outros motoristas também ficaram presos dentro dos seus veículos na Avenida Brasil, que liga o Rio às cidades vizinhas, da noite de sábado até final da manhã de domingo, sem poderem continuar ou voltar para trás, retidos em enormes bolsões de água. O Hospital Ronaldo Gazola, na zona norte da cidade, foi inundado e ficou sem energia por muitas horas, e vários quartéis dos Bombeiros e da polícia foram igualmente invadidos pela água, que formava uma forte corrente onde antes era rua, dificultando a saída de homens e equipamentos para socorrer vítimas.
Mas mesmo com o caos que a tempestade gerou, interrompendo inclusive a circulação de autocarros e do metropolitano, a coragem e a solidariedade dos agentes da Proteção Civil, dos Bombeiros e até de anónimos conseguiu minimizar alguns dramas pessoais. Num desses casos, uma mulher grávida que foi apanhada pela tempestade no meio da rua quando já estava em trabalho de parto foi socorrida e levada pelos bombeiros num bote até à maternidade, onde deu à luz.
O transbordamento dos muitos rios que cortam a cidade do Rio de Janeiro e cidades limítrofes ampliou os efeitos devastadores da chuva torrencial que caiu ininterruptamente por mais de 24 horas e, além dos estragos em vias públicas, comércios e habitações, ocasionou cenas curiosas. Em alguns bairros do Rio de Janeiro e de cidades da chamada Baixada Fluminense, como Belfor Roxo, jacarés levados pelo transbordamento dos rios nadavam tranquilamente no meio de ruas e avenidas próximas a esses cursos de água.
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