Está em prisão preventiva um casal francês que raptou e violou, na localidade de Ville-dieu-la-Blouère, na zona Oeste de França, Aurélia, uma menina de seis anos, já entregue à família.
Na sequência do interrogatório preliminar, Dominique Guillouche, de 36 anos, e a mulher Alfreda, de 30, confessaram que, para além Aurélia, abusaram de “uma dúzia de raparigas, entre os três e os 12 anos”, tudo desde o início de 2005.
Depois do caso de Outreau, Angers, em que 61 pessoas foram condenadas por envolvimento numa rede de pedofilia, a França enfrenta mais um doloroso processo mediático, que pode prolongar-se até dois anos. O casal Guillouche, que aparentemente operava sozinho, arrisca-se a apanhar 30 anos de cadeia.
Segundo a polícia, Dominique e Alfreda, casados há dois anos, abusavam de jovens das suas relações próximas, oferecendo-se para tomar conta das crianças enquanto os pais estavam a trabalhar. No entanto, as suas próprias filhas – de nove anos (fruto do primeiro casamento do marido) e de dois – parecem ter escapado incólumes à luxúria dos pais.
Transportadas ao hospital para serem examinadas, as crianças não apresentavam quaisquer marcas de violência sexual. Neste momento, já foram entregues aos serviços de assistência social.
De acordo com uma amiga do casal, Dominique Guillouche sempre teve “a fantasia de fazer amor com crianças” e foi dissuadido, em várias reuniões de família, de tirar fotografias às meninas, nuas. No entanto, a polícia acredita que ele era consumidor regular de pornografia infantil, pois na altura da sua detenção, no passado dia 22, tentou destruir várias cassetes de vídeo que tinha na sua residência e o disco rígido do seu computador pessoal.
Para o director da escola onde andava a filha mais velha de Guillouche, J. P. Dolizy, o escândalo foi uma surpresa: “Caí das nuvens. Nada fazia prever um horror destes.”
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