Fúria do Presidente do Brasil foi motivada por uma operação da Polícia Federal a presumíveis membros de um grupo especializado na disseminação de fake news.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, criticou duramente esta quinta-feira o Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a operação da Polícia Federal (PF) realizada esta quarta-feira contra aliados seus acusados de formarem uma associação, classificada pelo tribunal como criminosa, responsável pelo envio de milhões de notícias falsas contra adversários e por ameaças, até de morte, a magistrados que limitam ou anulam medidas presidenciais consideradas ilegais ou abusivas. E o governante chegou a fazer ameaças ao STF, afirmando, no seu habitual tom grosseiro, que não permitirá mais ações como a de quarta-feira contra aliados.
"Acabou, pôrra! Ontem tivemos um dia triste na nossa história, mas foi o último. Repito: não teremos outro dia triste igual a ontem. Chega. Estou com as armas da democracia na mão e vou honrar o compromisso que fiz ao assumir a presidência da República. Somos um país livre e vamos continuar assim mesmo com o sacrifício da própria vida"-Declarou Bolsonaro, sem explicitar que ações pretende tomar, a populares concentrados à saída do Palácio da Alvorada, a residência oficial em Brasília, como acontece todos os dias de manhã e à tarde.
A fúria de Bolsonaro foi motivada por uma operação da Polícia Federal realizada esta quarta-feira em Brasília e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina contra um grupo de blogueiros, empresários e deputados bolsonaristas presumivelmente membros de um grupo especializado na disseminação de fake news. Ninguém foi preso, mas a PF cumpriu 29 mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios dos suspeitos, apreendendo grande quantidade de documentos e meios informáticos dos alvos da ação.
Além disso, o relator da investigação no STF, juiz Alexandre de Moraes, determinou à Polícia Federal que interrogue em até 10 dias seis deputados ligados a Bolsonaro, acusados de ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal e a outros órgãos da justiça e de ajudarem a difundir mensagens difamatórias contra adversários do presidente e contra magistrados. A cólera de Jair Bolsonaro após a operação policial que atingiu aliados contrasta vivamente com o regozijo que evidenciou um dia antes, quando a Polícia Federal realizou outra ação, mas dessa feita contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, seu adversário político, quando afirmou que a ação mostrava que a lei é para todos e que ninguém está acima dela.
Esta quinta-feira, Bolsonaro defendeu os alvos da operação, alegando que eles "não são bandidos, não são marginais, não são traficantes", e que "algo está errado na democracia brasileira" quando, na sua opinião, pessoas são perseguidas por se manifestarem ao abrigo da liberdade de expressão. No despacho que autorizou a acção da PF, o juíz Alexandre de Moraes escreveu que a liberdade de expressão está claramente e amplamente garantida na Constituição mas não é ilimitada, e que quando pessoas ou grupos usam essa liberdade para difamar, injuriar ou ameaçar outras pessoas ou instituições e incentivar a desordem, elas têm de arcar com as consequências.
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