Prisioneiros, entre os quais elementos talibãs que atualmente ocupam postos ministeriais em Cabul, foram libertados ao longo dos anos.
Um dos últimos cidadãos afegãos detidos na prisão militar norte-americana de Guantánamo foi libertado após 15 anos na cadeia, na sequência de negociações entre Cabul e Washington, anunciou esta quinta-feira o governo dos talibãs no poder no Afeganistão.
Centenas de prisioneiros, entre os quais elementos talibãs que atualmente ocupam postos ministeriais em Cabul, foram libertados de Guantánamo ao longo dos anos mas Asadullah Haroon, preso sem culpa formada, "encontrava-se doente" e por isso mantido na cadeia.
A libertação de Haroon ocorre no quadro de contactos "diretos e positivos" entre as autoridades talibãs, no poder no Afeganistão desde agosto do ano passado, e Washington, indica um comunicado divulgado hoje por Zabihullah Mujahid, porta-voz do governo de Cabul.
Neste momento, Haroon encontra-se no Qatar, confirmou à agência France Presse junto o irmão do ex-recluso, Roman Khan, em Peshawar, no oeste do Paquistão, perto da fronteira com o Afeganistão, onde os familiares do preso residem com o estatuto de refugiados.
"As acusações contra ele (Asadullah Haroon) eram falsas e a libertação prova que estava inocente. Mas, quem lhe vai dar a vida que perdeu ao longo dos últimos anos?" criticou o familiar.
Asasullah Haroon, com 40 anos de idade, trabalhava como vendedor de mel entre Jalalabad e Peshawar quando foi preso tendo sido transferido para a prisão de Guantánamo em junho de 2007.
Haroon foi acusado pelos Estados Unidos de ser comandante do movimento islâmico Hezb-i-Islami e mensageiro da Al Qaeda.
A família reconhece que Haroon pertenceu ao Hez-i-Islami mas recusa a acusação de que era membro da Al Qaeda.
Em 2020, as autoridades norte-americanas recusaram o pedido de libertação que tinha sido interposto no ano anterior.
Em Guantánamo resta apenas um recluso de origem afegã: Muhammad Rahim que foi transferido para a prisão militar em 2008 e que foi acusado pelos serviços de informações norte-americanos (CIA) de "ser próximo do líder da Al Qaeda, Ossama Bin Laden".
O centro de detenção instalado no enclave norte-americano em Cuba iniciou o funcionamento após os atentados de 11 de setembro de 2001 contra Nova Iorque e no quadro da "guerra contra o terrorismo" tendo mantido presas 780 pessoas.
A maior parte dos detidos foram libertados sendo que um elevado número de reclusos esteve 10 anos no centro de detenção sem culpa formada.
No passado mês de abril, o Pentágono indicou que ainda se encontravam 37 pessoas presas na prisão militar de Guantánamo.
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