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Alegações de fraude assombram votação presidencial em São Tomé e Príncipe

Carlos Vila Nova venceu a primeira volta e acusa o rival Pósser da Costa, do partido no poder, de preparar operações para a falsificação dos resultados.

05 de setembro de 2021 às 09:02

Os são-tomenses vão este domingo às urnas num clima tenso e envolto em trocas de acusações e suspeitas de fraude.

Carlos Vila Nova, da Ação Democrática Independente (ADI), maior partido da oposição, foi o mais votado na primeira volta das presidenciais (43%) e parte como favorito para o escrutínio decisivo. Mas receia o que diz serem manobras de Pósser da Costa, do Movimento de Libertação de S. Tomé e Príncipe (MLSTP), para falsificar os resultados.

No dia final de campanha eleitoral, Vila Nova disse mesmo que o adversário reclamou vitória com antecipação e conclui: “Se tiverem de fazer fraude vão fazer.”

O rival do partido no poder, que na primeira volta obteve 20,7%, ignorou as acusações e afirmou-se candidato da “harmonia e do progresso”. Pedindo serenidade, Pósser da Costa frisou que a eleição “não é uma batalha de vida ou morte, é um ato democrático”.

Os apelos contrastam com a denúncia da ADI, que na sexta-feira exigiu uma investigação urgente à alegada fraude nas legislativas de 2018 (ganhas pela ADI em minoria, o que a impediu de formar governo).

Num vídeo agora revelado, um jovem que diz chamar-se Osmar Boa Esperança alega que ele e outros militantes, em conluio com membros de mesas de voto, “roubaram e destruíram votos da ADI”, substituindo-os por votos no MLSTP. O denunciante diz ter recebido 40 € e promessa de emprego de Arlindo Barbosa, líder do MLSTP.

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