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Alunos destroem parte de escola moçambicana contra pagamento de testes

De acordo com aquela direção, foram dadas instruções para que nenhuma escola cobrasse aos estudantes para a realização dos testes provinciais, que se realizam a cada três meses.

01 de agosto de 2025 às 10:00

Alunos da Escola Secundária de Corosse, na cidade de Nampula, norte de Moçambique, destruíram na quinta-feira uma parte do estabelecimento, em protesto contra o pagamento de 70 meticais (um euro) para realizar testes, segundo a administração.

"Tivemos um episódio não muito bom, no período da manhã, em que alguns meninos se revoltaram por conta de algumas contribuições que estavam sendo feitas pela escola, para o pagamento dos testes provinciais", disse o diretor provincial de Educação em Nampula, William Tunzine, reconhecendo que os alunos fizeram barricadas e destruíram equipamentos no interior do estabelecimento escolar.

De acordo com aquela direção provincial de Educação, foram dadas instruções para que nenhuma escola cobrasse aos estudantes para a realização dos testes provinciais, que se realizam a cada três meses.

"Infelizmente, alguns já haviam iniciado com a cobrança dos meninos. E nós orientamos a estes diretores para que devolvessem o dinheiro cobrado os meninos. Sobretudo, as escolas que estão dentro da cidade de Nampula", explicou o responsável.

Quando os serviços se preparavam para devolver o valor, os alunos "começaram a criar barricadas dentro da escola e estragaram alguns móveis de carteiras e partiram vidros", relatou o dirigente, acrescentando que a situação foi, entretanto, "controlada".

De acordo com a direção, cerca de 2.100 alunos da escola já tinham pago o valor das provas provinciais.

O bloco administrativo da Escola Secundaria Corosse já estava parcialmente destruído desde dezembro último, aquando das manifestações pós-eleitorais.

Também a direção distrital de Educação prometeu reunir com pais e a comunidade escolar para discutir o assunto das cobranças, disse o diretor, acrescentado que a instrução para devolução dos pagamentos aos cerca de 5.000 alunos foi dada há duas semanas.

"Aquelas que já cobraram devem devolver os valores cobrados. Isto não é um pedido, é uma ordem de serviço que nós estamos dando. Devem devolver todos os valores cobrados", ordenou o responsável.

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