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Alunos em casa e escolas fechadas após boatos de ataques em massa no Brasil

Situação ocorreu por todo o Brasil, mas foi mais visível em grandes cidades, principalmente na de São Paulo.

20 de abril de 2023 às 17:01

Uma vaga de boatos disseminados pelas redes sociais ameaçando desencadear esta quinta-feira ataques em massa a estabelecimentos de ensino fez muitas escolas amanhecerem fechadas ou funcionarem com um número muito reduzido de alunos, porque gestores preferiram não arriscar ou os pais dos alunos ficaram com medo. A situação ocorreu por todo o Brasil, mas foi mais visível em grandes cidades, principalmente na de São Paulo.

A data para os alegados ataques sangrentos em creches, escolas e universidades não foi escolhida por acaso. Esta quinta-feira completam-se 24 anos sobre o terrível massacre numa escola de Columbine, nos Estados Unidos, onde 15 pessoas foram assassinadas em 1999, e radicais do mundo inteiro comemoram o aniversário do ditador alemão Adolf Hitler, que nasceu em 20 de Abril de 1889.

Em resposta à vaga de ameaças divulgadas pela internet, a Polícia Federal, que tem actuação nacional, e as polícias de vários estados iniciaram duas semanas atrás uma série de operações contra suspeitos de planear ou simplesmente ameaçar desencadear massacres em escolas. O ministro da Justiça, Flávio Dino, avançou esta quarta-feira que em 10 dias foram presas 225 pessoas, entre elas muitos menores, que planeavam, ameaçavam ou incentivavam massacres, e nesse mesmo dia ocorreram outras 10 prisões, seis delas no estado de Santa Catarina, sul do Brasil, onde dias atrás um criminoso de 25 anos assassinou quatro crianças numa creche e feriu outras cinco.

Em São Paulo, a maior cidade brasileira, onde duas semanas atrás um aluno de 13 anos matou uma professora e feriu outras três docentes e duas alunas, escolas e creches adoptaram medidas de segurança mais rigorosas, recorrendo inclusive a guardas armados, o que especialistas não recomendam. Por todo o país medidas similares foram tomadas e as autoridades das áreas de Educação e de Segurança Pública tentaram convencer os pais de estudantes de que as ameaças de massacres nesta quinta-feira não tinham qualquer fundamento e eram feitos somente para criar pânico, mas os pais que puderam evitaram levar os seus filhos para a escola e outras nem abriram ou abriram mas depois fecharam porque os alunos não apareceram.

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