Governo anunciou que 694 adolescentes e adultos foram intimados a prestar depoimento.
As forças de segurança federais e regionais brasileiras prenderam nos últimos 10 dias 225 pessoas, entre elas vários menores, como prevenção a ataques a escolas, um flagelo pouco comum no Brasil, mas que explodiu a um ritmo assustador nos últimos tempos. A informação foi avançada esta terça-feira em Brasília pelo ministro brasileiro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para quem os ataques em estabelecimentos de ensino e os planos para outras ações semelhantes não podem ser considerados casos isolados.
"Temos 225 pessoas presas, entre elas menores, em 10 dias. Isso mostra que estamos diante de uma epidemia. Isso permite-nos, de forma muito eloquente, dimensionarmos que não são casos isolados. É uma rede criminosa estructurada", declarou Dino, aludindo aos muitos planos para ações sangrentas em escolas detetados pela inteligência da Polícia Federal nas redes sociais.
De acordo com os números avançados esta terça-feira por Flávio Dino, as detenções aconteceram no âmbito de 155 operações policiais realizadas em todo o Brasil nesse periodo após serem detectados nas redes planos para ataques sangrentos em estabelecimentos de ensino. Além dos presos, outros 694 suspeitos, a maioria adolescentes mas também vários adultos, foram intimados a depor em esquadras por ameaçarem atacar escolas ou incentivarem outros a fazê-lo.
Em todo o Brasil, acrescentou Dino, há neste momento em curso 1224 investigações sobre potenciais ataques a escolas cujos planos foram descobertos por agentes especializados que se dedicam unicamente a essa apuração. E muitas outras podem ser abertas nos próximos dias, pois o canal para denúncias "Escola Segura", criado pelo governo dias atrás, já recebeu impressionantes 7473 alertas de ataques que estariam a ser planeados ou ameaças de que poderiam ser levados a cabo.
Flávio Dino iniciou uma verdadeira guerra contra ações violentas em escolas após duas semanas atrás um homem de 25 anos ter assassinado a machadadas quatro crianças entre os quatro e os sete anos numa creche de Blumenau, cidade turística no sul do Brasil, e ferido outras quatro. Dias antes desse massacre, um aluno de 13 anos matou a facadas uma professora numa escola estadual em São Paulo e feriu outras três docentes e dois estudantes antes de ser dominado, e depois disso vários outros ataques a escolas ocorreram em vários estados brasileiros, sem mortes mas criando um pânico generalizado no país.
Também esta terça-feira, Lula da Silva anunciou a disponibilização de 555 milhões de euros para acções de prevenção à violência nas escolas, que serão divididos também com os governos regionais. Numa outra frente de combate, não obstante a resistência de algumas plataformas, o governo já conseguiu que fossem retirados das redes sociais nada menos de 756 perfis onde assassinos eram enaltecidos ou ataques a escolas incentivados.
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