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Angola celebra 50 anos de independência com festa, orgulho e esperança no futuro

Marco histórico assinala-se oficialmente entre música, desfiles e homenagens ao primeiro Presidente de Angola, bem como uma mensagem à nação do chefe de Estado, João Lourenço.

11 de novembro de 2025 às 08:43

Luanda veste-se esta terça-feira de vermelho e amarelo para celebrar os 50 anos da independência de Angola, num ambiente de festa, otimismo e esperança para enfrentar o futuro, apesar dos muitos desafios que o país ainda tem por ultrapassar.

O marco histórico assinala-se oficialmente no Memorial António Agostinho Neto, entre música, desfiles e homenagens ao primeiro Presidente de Angola, bem como uma mensagem à nação do chefe de Estado, João Lourenço.

As celebrações começaram logo nas primeiras horas do dia, à medida que milhares de convidados chegavam e se distribuíam pelas diferentes áreas da Praça da República, espaço monumental que acolhe o Memorial e tem sido palco das mais importantes cerimónias políticas do Estado angolano.

O monumento, inaugurado em 2012 pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos, é conhecido popularmente como o "Foguetão" e ergue-se a 120 metros de altura, com vista privilegiada para a Baía de Luanda.

Por ali desfilarão representantes das 18 províncias do país, num desfile cívico e militar com milhares de participantes, sob o olhar atento dos 14 chefes de Estado e de Governo que acompanharão as festividades desde as bancadas oficiais.

Entre os jornalistas que acompanham o evento, Isabel Pedro Mbuku, da Rádio Tocoista, confessou-se emocionada por participar "como profissional, mas também como angolana".

"É uma oportunidade única participar nesta festa", disse à Lusa, notando que há pontos que falta aprimorar, mas lembrando também os anos de guerra que o país atravessou

"imbuída de esperança", Isabel Pedro referiu acreditar no Presidente e no país, declarando com fé: "De agora em diante, iremos certamente progredir em todos os setores, em especial na economia, auguramos que nestes 50 anos possamos sonhar e somar, e que nos próximos 50 anos possamos dizer [que] até aqui o Senhor nos ajudou", acrescentou a jornalista.

Também Karina Marron González, repórter da agência cubana Prensa Latina, residente em Angola há mais de dois anos, partilhou o entusiasmo.

"É uma oportunidade histórica enquanto jornalista, mas também como cubana, pelas relações históricas entre Cuba e Angola e pela participação cubana no processo de independência. É uma oportunidade única de colaborar e ver o que está a fazer o país para continuar adiante", disse.

Carina González lembrou, contudo, que "o país tem pela frente muitos desafios". "A independência tem 50 anos, mas a paz ainda é jovem. Os desafios estão na economia, na educação e na saúde. Mas penso que Angola tem a força para seguir em frente", concluiu.

As duas integram o grupo de mais de 300 jornalistas que esta terça-feira asseguram a cobertura da cerimónia, fazendo parte das 10.000 pessoas convidadas para o evento, representativas de vários setores da sociedade.

O Presidente da República chegou à Praça da República às 09h00 (08h00 em Lisboa) marcando o início do ato central.

Segue-se uma cerimónia de deposição de flores, entoação do hino nacional, outorga da medalha comemorativa dos 50 anos a Antonio Agostinho Neto, o discurso do chefe de Estado, o desfile cívico e o desfile militar.

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