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Ataque junto à antiga sede do ‘Charlie Hebdo’ faz dois feridos em Paris

Polícia deteve dois suspeitos, de nacionalidade paquistanesa e argelina, com manchas de sangue na roupa.

26 de setembro de 2020 às 09:40

Um homem armado com um cutelo feriu gravemente esta sexta-feira duas pessoas junto à antiga sede do jornal satírico ‘Charlie Hebdo’, em Paris, alvo de um atentado terrorista em 2015, num ataque que as autoridades francesas estão a investigar como terrorismo. Foram detidos dois suspeitos, incluindo o alegado autor do ataque.

De acordo com testemunhas, as vítimas estavam a fumar à porta do edifício quando foram brutalmente atacadas pelo agressor, que se colocou imediatamente em fuga sem pronunciar qualquer palavra. A arma do crime, um cutelo de cortar carne, foi encontrada junto a uma estação de metro situada a poucas dezenas de metros do local.

Pouco depois, a polícia anunciou a detenção de dois suspeitos, um jovem de 18 anos e de nacionalidade paquistanesa, que será o autor material do ataque, e outro de nacionalidade argelina, cujo envolvimento não foi imediatamente esclarecido pelas autoridades. Segundo a imprensa francesa, ambos apresentavam manchas de sangue na roupa quando foram detidos.

As duas vítimas, um homem e uma mulher, sofreram ferimentos graves mas não correm perigo de vida. Ambas trabalham para a agência noticiosa Premières Lignes, especializada em documentários e jornalismo de investigação. A agência funciona no mesmo edifício onde se situava a sede do ‘Charlie Hebdo’ e onde dois terroristas mataram 12 pessoas em janeiro de 2015 em retaliação pela publicação de caricaturas do profeta Maomé.

O “local simbólico” do ataque e o facto de ter começado este mês o julgamento de 14 alegados cúmplices dos terroristas do ataque de 2015, bem como a recente republicação das caricaturas pelo jornal satírico, levou a polícia a abrir imediatamente uma investigação por terrorismo.

pessoas morreram no ataque contra o ‘Charlie Hebdo’ a 7 de janeiro de 2015, que foi levado a cabo pelos irmãos Said e Chérif Kouachi e reivindicado pela Al-Qaeda. Os dois terroristas foram abatidos pela polícia dois dias depois.

Catorze cúmplices dos irmãos Kouachi começaram este mês a ser julgados em Paris. São acusados de fornecer armas e ajuda aos terroristas e também a Amedy Coulibaly, um amigo dos dois irmãos que matou cinco pessoas num supermercado.

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