Bolsonaro tinha uma conta naquela rede social que utilizava desde 2017, antes de assumir a Presidência em janeiro de 2019.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, convidou na terça-feira os seus seguidores a acompanhá-lo na sua nova conta na rede social Telegram, num movimento após o Twitter suspender a conta do mandatário cessante norte-americano, Donald Trump.
"Inscreva-se no meu canal oficial no Telegram", pediu o líder da extrema-direita brasileira, numa mensagem publicada na terça-feira na sua conta no Twitter, juntamente com uma hiperligação que permite o acesso direto ao "Canal Oficial do Presidente da República do Brasil" no Telegram.
Bolsonaro tinha uma conta ativa do Telegram que utilizava desde 2017, antes de assumir a Presidência em janeiro de 2019, mas deixou de utilizá-la esta semana, quando criou uma nova conta nesta plataforma.
Embora só tenha criado esta nova conta no Telegram na última sexta-feira, na noite de terça-feira já contava com cerca de 98,5 mil seguidores, face aos 6,6 milhões de internautas que o seguem no Twitter.
Bolsonaro é um defensor da comunicação direta com os cidadãos através das redes sociais, o que o ajudou a ser eleito Presidente em outubro de 2018.
A decisão do chefe de Estado, de promover a sua conta no Telegram, surge após o veto do Twitter, Facebook e Instagram às publicações de Trump, de quem Bolsonaro é um confesso admirador e que foi acusado de usar as redes sociais para estimular a violência e de ter promovido o assalto ao Capitólio dos Estados Unidos.
O movimento de Bolsonaro também ocorreu no momento em que a plataforma de mensagens WhatsApp vem recebendo críticas devido à sua nova política de privacidade que permite que os dados dos seus utilizadores sejam utilizados comercialmente pelo Facebook, o seu controlador.
A decisão provocou uma transferência de internautas do WhatsApp para o Telegram que permitiu que a plataforma russa ganhasse 25 milhões de novas contas nos últimos quatro dias e ultrapassasse a marca dos 500 milhões de utilizadores.
Além do Telegram, também a aplicação de mensagens Signal tem sido muito procurada, tendo já sido recomendado pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA) Edward Snowden e pelo empresário Elon Musk.
A decisão de Bolsonaro de promover a sua conta no Telegram também surgiu depois de diferentes servidores decidirem suspender o serviço da Parler, uma rede social que era usada por grupos ultraconservadores em todo o mundo, principalmente por seguidores de Trump.
No último sábado, Bolsonaro chegou a apelar aos seus seguidores no Instagram que abrissem contas no Parler, antes que esta plataforma fosse bloqueada.
O veto do Twitter a Donald Trump gerou críticas dos apoiantes de Bolsonaro no Brasil, vários dos quais passaram a usar a fotografia do Presidente cessante norte-americano nos seus perfis nesta rede social, incluindo um dos filhos do chefe de estado brasileiro, o deputado Eduardo Bolsonaro, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
O próprio Presidente do Brasil queixou-se do veto e considerou-o um precedente perigoso.
"Nos Estados Unidos bloquearam Trump nas redes sociais. Um Presidente eleito, ainda Presidente, tem as suas redes sociais bloqueadas", comentou Bolsonaro.
Segundo diferentes analistas, Bolsonaro pode ser vítima de um veto semelhante devido às acusações de que usa as redes sociais para divulgar notícias falsas, o que pode prejudicar as suas aspirações eleitorais caso decida recandidatar-se à Presidência do Brasil em 2022.
A migração do WhatsApp para o Telegram por parte de utilizadores brasileiros identificados como militantes de direita ganhou força nos últimos dias e incluiu ainda os ministros das Relações Exteriores (Ernesto Araújo) e do Meio Ambiente (Ricardo Salles), além dos deputados Bibo Nunes e Bia Kicis, e vários políticos "bolonaristas".
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