Markus Lammert reconheceu que encontro se tratava de uma "missão importante" face ao aumento das chegadas de imigrantes ilegais provenientes da Líbia.
A Comissão Europeia (CE) atribuiu esta quarta-feira a um "erro de protocolo" a anulação de uma reunião entre vários ministros do Interior europeus e o comissário das migrações com as autoridades que governam o leste da Líbia.
Numa conferência de imprensa em Bruxelas, Markus Lammert, porta-voz do comissário europeu do Interior e Migrações, Magnus Brunner, falava para explicar a razão pela qual os ministros do Interior de Itália, Grécia e Malta, bem como o próprio responsável da Comissão Europeia foram considerados "persona non grata" à chegada a Bengazi (1.020 quilómetros a leste de Tripoli).
Segundo Lammert, as autoridades paralelas líbias, lideradas pelo general Khalifa Haftar -- comandante do chamado Exército Nacional Líbio (LNA), com sede em Bengazi, que controla grande parte do território oriental do país --, consideraram que a delegação europeia "menosprezou a soberania nacional".
No entanto, Lammert indicou que os contactos com os intervenientes no leste e oeste da Líbia irão continuar, mas não explicou os motivos das autoridades do leste da Líbia para cancelar a reunião com Brunner e com os ministros italiano, grego e maltês.
O porta-voz limitou-se a insistir que as reuniões em Bengazi não puderam ser realizadas devido a um "problema de protocolo".
Lammert reconheceu que se tratava de uma "missão importante" face ao aumento das chegadas de imigrantes ilegais provenientes da Líbia.
"Era, evidentemente, uma missão complexa. Em Tripoli [onde a delegação esteve antes de seguir para Bengazi], decorreram conversações frutíferas com o Governo, incluindo o primeiro-ministro. As reuniões previstas em Bengazi não puderam realizar-se como previsto", salientou Lammert.
O porta-voz referiu que os representantes europeus tinham previsto um encontro com as Forças Armadas Líbias, embora não tenha esclarecido se a agenda incluía uma reunião com as autoridades paralelas do leste do país.
A Comissão Europeia também não confirmou se a delegação foi expulsa, embora as autoridades do leste da Líbia afirmem que os políticos europeus foram instados a "abandonar imediatamente o território líbio", após terem infringido "os procedimentos de entrada, circulação e residência do pessoal diplomático estrangeiro".
Em relação às consequências das divergências com as autoridades de Bengazi, o porta-voz comunitário indicou que a UE continuará os contactos com os responsáveis do oeste e do leste da Líbia.
"Continuaremos a fazê-lo a todos os níveis, em coordenação com os Estados-Membros, porque a situação política e de segurança na Líbia é bastante crítica", sublinhou.
O primeiro-ministro da administração paralela líbia no leste do país, Osama Hamad, informou que vários ministros do Interior europeus e o responsável europeu pelo Interior e Migração foram declarados "persona non grata" à sua chegada à cidade de Bengazi, alegando desrespeito pela legislação nacional em "flagrante violação das normas diplomáticas estabelecidas e dos acordos internacionais".
O Executivo europeu defende que a UE trabalha com o governo de unidade nacional, surgido do processo de mediação da ONU, como executivo nacional internacionalmente reconhecido.
A Líbia está atualmente dividida em duas administrações depois de a Câmara dos Representantes, sediada no Leste, liderada por Haftar, ter posto termo ao mandato do primeiro-ministro do governo de Tripoli, por causa do adiamento das eleições presidenciais de dezembro de 2021, decisão que Abdul Hamid Dbeibah rejeitou e optou por permanecer em funções até à realização de eleições, desde então por realizar.
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