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Cabo Verde recebeu 20 viajantes da China mas não permite quarentena

Em causa estão as medidas de prevenção devido ao surto de coronavírus que já matou mais de 400 pessoas.

04 de fevereiro de 2020 às 17:20

O diretor nacional da Saúde cabo-verdiano, Artur Correia, disse esta terça-feira que o país já recebeu cerca de 20 pessoas provenientes da China, país que enfrenta o surto do coronavírus, mas explicou que a Constituição não permite internamentos compulsivos.

"Em relação à quarentena, a primeira coisa que eu queria dizer é que, legalmente, em termos constitucionais não é permitido, a não ser que haja motivos concretos e os tribunais podem ser acionados para isso", afirmou o responsável de Saúde, que falava aos jornalistas, na cidade da Praia, à margem de uma mesa redonda para assinalar o dia mundial de luta contra o cancro.

Artur Correia disse que ainda não se registaram situações que impliquem acionar os tribunais para obrigar as pessoas a ficarem em quarentena e garantiu que as autoridades de saúde estão a acompanhar as pessoas.

Também garantiu que essas pessoas que chegaram ao país provenientes da China passaram por triagens e não apresentam sintomas do coronavírus.

Entretanto, explicou que foram aconselhadas a fazer uma quarentena voluntária, adotando medidas protetoras, como a restrição social para poderem contribuir para a prevenção da entrada do coronavírus no país.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, defendeu a liberdade de circulação e garantiu que todos os estudantes que queiram regressar da China por causa do novo coronavírus terão todo o apoio a acompanhando no país.

Na China estudam cerca de 350 cabo-verdianos, 15 dos quais estão em quarentena em Wuhan, epicentro do surto.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

A China elevou para 426 mortos e mais de 20.400 infetados o balanço do surto de pneumonia no país provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), que tem cidades sob quarentena, afetando cerca de 56 milhões de pessoas.

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