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‘Coletes amarelos’ rejeitam negociações em França

Líderes do movimento recusaram convite para encontro com o primeiro-ministro Édouard Philippe.

04 de dezembro de 2018 às 01:30

Os líderes dos ‘coletes amarelos’ que há semanas protestam contra a subida do preço dos combustíveis em França recusaram o convite para uma reunião, esta terça-feira, com o primeiro-ministro Édouard Philippe.

A decisão agrava ainda mais o braço de ferro com o presidente Emmanuel Macron, o qual está sob forte pressão da oposição para recuar e suspender a medida que esteve na origem dos protestos mais violentos em Paris desde o Maio de 68.

Em comunicado, a liderança do coletivo de manifestantes frisa que "não estão reunidas as condições para diálogo", nomeadamente, porque a principal condição para isso acontecer não foi cumprida pelo governo: a suspensão imediata do aumento dos combustíveis.

Os líderes dos manifestantes alegam ainda que não querem fazer de "marionetas" de um governo "que não tenciona mudar de posição" e dizem ter sido alvo de ameaças por parte dos manifestantes mais radicais.

A recusa de diálogo complica os esforços do governo para tentar debelar a crise antes de novo protesto dos ‘coletes amarelos’, no próximo sábado.

Ontem, o primeiro-ministro esteve reunido com os líderes dos principais partidos da oposição, que defenderam a uma só voz o congelamento dos aumentos, com exceção da líder da extrema-direita, Marine Le Pen, que exigiu a sua anulação.

Estudantes juntam-se aos protestos

Os estudantes, que dizem estar solidários com os ‘coletes amarelos, protestam ainda contra as reformas no setor da Educação. A polícia foi forçada a intervir junto a alguns liceus de Paris e Aubervilliers depois de jovens incendiarem viaturas e caixotes de lixo.

Protesto afeta camionistas lusos

Centenas de camionistas lusos continuam parados nas estradas francesas devido aos bloqueios e cortes de vias dos ‘coletes amarelos’, confirmou ontem à Lusa o presidente da Associação Nacional de Transportadoras Portuguesas.

Há igualmente retenções junto à fronteira espanhola.

PORMENORES 

Bombas sem combustível

O bloqueio das principais refinarias e depósitos de combustível pelos manifestantes está a causar fortes dificuldades na distribuição e já há centenas de postos de abastecimento encerrados por falta de combustível, principalmente na região da Bretanha.

Polícia investiga violação

Além das centenas de atos de vandalismo registados durante os motins de sábado em Paris, a polícia está a investigar a alegada violação de uma manifestante por um homem que também participou nos protestos.

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