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Coreia do Norte admite renunciar ao nuclear

Regime comunista quer diálogo direto com os EUA e promete suspender programa nuclear e balístico durante negociações.

07 de março de 2018 às 08:38

O regime comunista da Coreia do Norte está disposto a dialogar diretamente com os EUA e a abdicar do seu programa nuclear em troca de garantias de segurança e da sua aceitação como parceiro de diálogo da comunidade internacional, revelou uma delegação oficial sul-coreana que se reuniu com Kim Jong-un em Pyongyang.

"A Coreia do Norte manifestou claramente o seu compromisso para com a desnuclearização da península e afirmou que não existiria qualquer razão para continuar a ter armas nucleares se forem eliminadas as ameaças militares e for garantida a segurança do regime", disse esta terça-feira em Seul o chefe da delegação sul-coreana que visitou Pyongyang, Chung Eui-yong.

O regime comunista promete ainda suspender o seu programa nuclear e balístico enquanto decorrerem as negociações como prova de boa vontade, adiantou o mesmo responsável, que disse ainda ser portador de uma mensagem pessoal de Kim Jong-un para o presidente norte-americano, Donald Trump, que tenciona entregar em mão nos próximos dias.

O chefe da delegação sul-coreana anunciou ainda que os presidentes das duas Coreias vão reunir-se frente-a-frente na aldeia fronteiriça de Panmunjon no próximo mês, naquela que será a primeira cimeira entre os líderes dos dois países em mais de uma década.

A notícia foi recebida com alguma cautela em Washington, com vários membros da administração Trump a mostrarem-se desconfiados sobre as reais intenções de Pyongyang. Já o presidente norte-americano saudou no Twitter os "possíveis progressos" nas negociações e sublinhou que "pela primeira vez, as partes estão a fazer um esforço sério" para resolver o problema. "Pode ser uma falsa esperança, mas estamos prontos para tudo", disse Trump, deixando entreaberta a porta do diálogo.

PORMENORES

2007

Foi o ano em que se realizou a segunda e última cimeira entre os líderes das duas Coreias. Participaram o pai do atual líder norte-coreano, Kim Jong-il, e o presidente sul-coreano Roh Moo-hyun. A cimeira anterior, em 2000, juntou Jong-Il e o sul-coreano Kim Dae-jung.

Em guerra desde 1953

As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra há mais de 60 anos, já que nunca assinaram um tratado de paz após o final de Guerra da Coreia, em 1953. EUA mantêm desde então forte presença militar no Sul.

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