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Crise na Catalunha impulsiona Cidadãos

Partido de Albert Rivera passa para a frente das sondagens e duplica intenções de voto face às eleições de 2016.

02 de abril de 2018 às 01:30

A crise independentista na Catalunha fez disparar a popularidade do Cidadãos, que duplicou as intenções de voto face às eleições de 2016 e lidera pela primeira vez as sondagens em Espanha à custa de uma acentuada queda do PP e do PSOE.

De acordo com a mais recente sondagem do instituto Sigma Dos para o jornal ‘El Mundo’, o partido de Albert Rivera venceria neste momento as eleições com 26,7% dos votos, um pouco mais do dobro do resultado (13,1%) obtido nas legislativas de junho de 2016, em que foi o quarto partido mais votado.

Já o PP, que venceu as eleições com 33%, cai quase 10 pontos e está agora nos 23,3%, seguido pelos socialistas do PSOE com 19,7%, que perdem três pontos percentuais em relação a 2016.

Na anterior sondagem da Sigma Dos, publicada em outubro, na véspera da aplicação do Artigo 155 na Catalunha, o PP tinha 31,4%, o PSOE 26% e o Cidadãos 16,7%, o que permite concluir que a grande inflexão no sentido de voto dos espanhóis ocorreu nos últimos cinco meses.

O arrastar da crise da Catalunha é, segundo os analistas, o principal fator penalizador para os dois partidos tradicionais, e também o grande impulsionador do Cidadãos, que, recorde-se, foi o partido mais votado nas eleições autonómicas de dezembro na região.

A forte queda do PP fez disparar os alarmes entre as hostes populares, e há já quem comece a falar numa alternativa a Mariano Rajoy como candidato do partido às legislativas de 2020.

Por enquanto, e pelo menos até Rajoy conseguir aprovar o Orçamento, os putativos candidatos - Soraya Saénz de Santamaría, María Dolores de Cospedal e Alberto Nuñez Feijóo - mantêm lealdade total ao primeiro-ministro, mas nos bastidores já se começam a contar espingardas, principalmente no caso de um mau resultado nas eleições autárquicas, autonómicas e europeias de 2019.

PORMENORES 

Maioria de centro-direita

As intenções de voto do Cidadãos e do Partido Popular somam exatamente 50%, o que poderia abrir caminho a uma eventual coligação de governo de centro-direita com maioria no parlamento em 2020.

Mas descarta Puigdemont

O antigo presidente do governo autonómico da Catalunha, Artur Mas, questionou ontem se "vale a pena" insistir na investidura de Carles Puigdemont como líder da Generalitat, lembrando que essa insistência apenas irá resultar "na abertura de processos judiciais contra mais pessoas".

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