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Decisão sobre Dilma em 'leilão'

Destituição da presidente está a ser alvo de negociação.

16 de outubro de 2015 às 09:34

O impasse entre governo e oposição sobre a abertura de processo para destituição da presidente Dilma Rousseff pode ser decidido num verdadeiro leilão. E o ‘pregoeiro’, o presidente do parlamento, Eduardo Cunha, que, segundo decisão do Supremo Tribunal, é o único com poder de instaurar o processo, está a valer-se da prerrogativa para ‘vender’ a decisão.

Denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo por envolvimento nos desvios na Petrobras e denunciado terça-feira ao Conselho de Ética do parlamento por suspeita de ter enviado milhões para contas secretas na Suíça, Cunha viu no poder de abrir processo contra Dilma a grande chance de fintar a derrocada política. De pior inimigo de Dilma passou a ser a sua grande esperança de manter o cargo e para a oposição passou de incómodo a melhor esperança para derrubar a presidente. Daí que, assediado por ambos os lados, faça exigências para obter o melhor acordo.

Tendo rompido com Dilma após denúncias da Procuradoria, Cunha inclinava-se para a oposição. Mas, por intercessão de Lula da Silva, o governo ofereceu a Cunha a salvação do processo no Conselho de Ética, garantindo-lhe manter o mandato parlamentar. O acordo só não terá sido fechado porque Cunha, além do mandato, quer manter a presidência do hemiciclo.

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