Líder da Câmara dos Deputados decide esta terça-feira abertura do processo de destituição contra a presidente.
O presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Eduardo Cunha, anuncia esta terça-feira se abre ou não um processo de destituição contra a presidente Dilma Rousseff. Mas, independentemente da sua decisão, tudo indica que o processo seguirá mesmo em frente.
Cunha, que está a ser investigado por suspeita de corrupção no caso Petrobras, teme ser acusado de vingança se decidir abrir o processo contra Dilma. No entanto, a imprensa brasileira noticiou um suposto acordo secreto entre a oposição e Cunha para este arquivar sumariamente todos os pedidos de destituição, possibilitando à oposição contestar o arquivamento no plenário do Parlamento, no qual o processo de destituição pode ser iniciado com os votos de metade mais um dos parlamentares presentes na sessão.
Com esta manobra, a oposição, que precisa e muito da influência que Cunha mantém entre os deputados apesar das denúncias contra ele, preserva-o num momento delicado. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Cunha terá recebidos vários milhões desviados da Petrobras, que escondeu em contas secretas na Suíça, já confirmadas pelas autoridades desse país. Ele nega tudo e garante que não tenciona renunciar ao cargo.
Desde janeiro, 14 pedidos formais de destituição da presidente foram recebidos no Congresso, mas o mais temido por Dilma é o subscrito por todos os partidos de oposição e até por deputados do governo descontentes com a sua gestão.
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