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Deputado gay brasileiro sai do país por ameaças de morte e não vai voltar

"Eu não quero ser mártir. Eu quero viver", afirmou Jean Wyllys em entrevista.

25 de janeiro de 2019 às 00:14

O deputado federal brasileiro  Jean Wyllys, do partido PSOL-RJ, anunciou nesta quinta-feira que vai deixar o Brasil e renunciar ao terceiro mandato consecutivo como deputado para o qual foi eleito.

Wyllys, que é homossexual assumido, tem-se destacado na luta pelos direitos LGBTI no Congresso. Em entrevista à Folha de São Paulo, revela que a ascensão de Jair Bolsonaro à presidência fez disparar as ameaças contra a sua vida e teme por sua vida e sua integridade física.

"Eu não quero ser mártir. Eu quero viver", afirma Jean, citado pela Revista Forum

Alvo das notícias falsas da campanha de Jair Bolsonaro, o parlamentar decidiu interromper a carreira política, depois do homicídio de sua companheira de partido, a vereadora Marielle Franco. Desde essa altura que Wyllys vive sob escolta policial.

"Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé!"

Alvo das notícias falsas da campanha de Jair Bolsonaro, o parlamentar decidiu interromper a carreira política, depois do homicídio de sua companheira de partido, a vereadora Marielle Franco. Desde essa altura que Wyllys vive sob escolta policial.

O deputado publicou uma mensagem de despedida os apoiants nas redes sociais: "Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé!"

O deputado vai ser substituído pelo vereador da câmara do Rio de Janeiro,  David Mirandado mesmo partido. Em entrevista ao G1, David promete  dar sequência ao trabalho do primeiro representante da comunidade LGBT da Câmara dos Deputados.

"Eu sinto como mais um trabalho que necessita ser feito. Eu sou vereador aqui no Rio de Janeiro, consegui passar muitas leis aqui e sinto que em Brasília eu posso entregar muito mais. Na luta pela comunidade LGBT, contra o extermínio da juventude negra que é morta todos os dias na favela", diz Miranda.

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