Dois deles pertencem a novos géneros, o que permite alargar o conhecimento sobre o antigo mar que cobria o território que corresponde hoje à Colômbia.
Fósseis de três répteis marinhos do período Cretácico foram descobertos por investigadores colombianos na região central do país da América do Sul, revelou na quarta-feira o Serviço Geológico da Colômbia (SGC).
Dois deles pertencem a novos géneros, o que permite alargar o conhecimento sobre o antigo mar que cobria o território que corresponde atualmente à Colômbia, referiu o SGC em comunicado, acrescentando que estas descobertas não tinham sido registadas anteriormente na América do Sul.
"Estes estudos confirmam a Colômbia como um epicentro da ciência, especialmente para a paleontologia, onde destacamos a diversidade e a qualidade da preservação destes tipos de animais", frisou o paleontólogo Daniel Pomar, citado no comunicado do SGC.
A descoberta destes fósseis nos departamentos de Boyacá, Santander e Cundinamarca, que datam de há 114 a 89 milhões de anos, acrescenta novos géneros e espécies ao património paleontológico do país.
Entre as descobertas está uma nova espécie de pliosauro-de-focinho-comprido (Plesiosauria, Pliosauridae), cientificamente denominada Boyacasaurus sumercei.
O nome faz referência ao departamento de Boyacá, onde foi encontrado, e à expressão coloquial "sumercé", utilizada como forma respeitosa de tratamento.
O fóssil foi catalogado a partir de dois espécimes com aproximadamente 114 milhões de anos, descobertos perto da cidade de Villa de Leyva.
Ao contrário de outros pliosauros do Cretácico, o Boyacasaurus sumercei possui um osso no palato, denominado parasfenóide, com uma projeção excecionalmente longa.
Segundo Cristian Benavides-Cabra, chefe de investigação paleontológica do Museu Geológico Nacional do SGC, esta característica "difere-o de outros pliosauros do Cretácico e levanta a questão de saber se está relacionado com espécies mais antigas".
Entretanto, em Lebrija (Santander), foi encontrado um mosassauro que representa um novo género e espécie de mosassauro plioplatecarpino (Squamata, Mosasauridae).
Com aproximadamente 89 milhões de anos, o seu nome científico, Oneirosaurus caballeroi, significa "réptil de sonho", em referência ao seu excecional estado de preservação.
Finalmente, no leito do rio Síquima (Cundinamarca), foi descoberto um grande ictiossauro, com aproximadamente 110 milhões de anos.
Este é o primeiro registo de um ictiossauro tunosauria (Thunnosauria) do período Albiano Superior na Colômbia e na América do Sul.
O investigador Daniel Pomar explicou que o fóssil consiste num segmento do esqueleto axial, incluindo costelas, vértebras e fragmentos de barbatanas.
"O que torna este indivíduo especial é que não tinham sido registados ictiossauros do período Albiano anteriormente na América do Sul. Temos espécies de ictiossauros na Colômbia, mas são mais antigas", concluiu o investigador.
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