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Disfunção erétil e baixa libido: Cientistas alertam que antidepressivos podem "arruinar" vida sexual dos pacientes

Especialistas processaram a agência reguladora dos EUA por negligenciar efeitos secundários dos medicamentos.

24 de maio de 2024 às 14:17

Um grupo de cientistas decidiu processar a Agência Federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (FDA) por esta, alegadamente, ignorar provas de que certos antidepressivos têm o efeito colateral de deixar a vida sexual dos pacientes "arruinada", avança o Daily Mail.

Medicamentos como o Prozac e Zoloft, utilizados no tratamento para a depressão, começaram a ter nos rótulos a advertência de que podiam causar disfunção erétil, baixa libido, secura vaginal e problemas em atingir o orgasmo.

A nota foi colocada nos antidepressivos depois de alguns doentes se começarem a queixar dos efeitos secundários, entre os anos 80 e 90. No entanto, milhares de pacientes disseram que perderam totalmente a sensibilidade durante o ato sexual, mesmo depois de deixarem de tomar os medicamentos. Alguns chegaram a revelar que sofreram um encolhimento dos seus órgãos genitais.

Uma equipa de cientistas afirmou que a FDA ignorou uma petição que pedia um aviso sobre os efeitos secundários sexuais permanentes desde 2018 e está a pedir à agência que avise os médicos e os pacientes sobre os riscos a longo prazo.

A ação judicial foi pedida por Antonei B. Csoka, um biólogo da Universidade de Howard. O cientista explica que a disfunção sexual Pós-SSRI (PSSD)- uso de medicamentos como o Prozac e o Zoloft-, também pode causar dormência genital e ejaculação precoce.

Mais de metade de todos os utilizadores de antidepressivos relataram algum grau de disfunção sexual enquanto os tomavam. Um estudo, divulgado em 2018, concluiu que cerca de 10% das pessoas que tomam antidepressivos desenvolveram efeitos secundários sexuais, como disfunção erétil e falta de desejo sexual.

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