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Donald Trump apoia eventual compra do TikTok pela Oracle

Presidente da empresa informática americana ofereceu milhões de dólares em fundos para a campanha presidencial de Trump.

19 de agosto de 2020 às 15:19

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoia uma oferta da Oracle para a compra do TikTok, aplicação chinesa de partilha de vídeos, apesar de estarem já em curso negociações com a Microsoft, indicou a Bloomberg esta quarta-feira.

Segundo a agência de notícias económicas, a empresa informática Oracle, cujo presidente, Larry Ellison, ofereceu milhões de dólares em fundos para a campanha presidencial de Trump, estará na corrida para a aquisição das atividades do TikTok nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Contactado esta quarta-feira pela agência France-Presse, o grupo escusou-se a comentar a informação avançada pela Bloomberg.

Respondendo terça-feira a várias questões dos jornalistas após discursar no Arizona, Trump indicou que a Oracle é uma "excelente empresa" e que o presidente Larry Ellison é uma "pessoa formidável".

"Penso que a Oracle será certamente capaz de gerir o negócio", acrescentou Trump que, questionado depois sobre qual a empresa que preferiria que concretizasse a operação, limitou-se a indicar que o comprador deverá "assegurar que os Estados Unidos receberão uma boa compensação".

A administração Trump deu 90 dias ao grupo chinês proprietário do TikTok, ByteDance, para vender rapidamente as operações da rede nos Estados Unidos, sob pena de as bloquear no país, argumentando com "problemas de segurança nacional".

A 06 deste mês, Trump proibiu o TikTok e o WeChat, rede social da chinesa Tencent, de efetuarem qualquer transação com parceiros norte-americanos durante 45 dias, por as considerar uma ameaça para a segurança, a política externa e a economia dos Estados Unidos.

Trump tem acusado nos últimos meses, embora sem apresentar qualquer prova, a popular plataforma de partilha de vídeos de utilizar os dados dos utilizadores norte-americanos para beneficiar Pequim.

"O TikTok não está disponível na China. Os dados dos utilizadores dos EUA são armazenados na Virgínia, com uma cópia de segurança em Singapura. O TikTok nunca forneceu quaisquer dados de norte-americanos ao Governo chinês e não o faria se lhe fosse pedido", responderam os responsáveis pela plataforma.

Num cenário de elevadas tensões comerciais e políticas com a China, o inquilino da Casa Branca tomou medidas radicais contra a rede, que é muito popular entre os mais jovens.

"Há quase um ano que tentamos falar com o Governo dos EUA para encontrar uma solução", reagiu a TikTok.

"Mas fomos confrontados com uma administração que não leva os factos em conta, não respeita os procedimentos legais e tenta interferir nas negociações entre empresas privadas", sublinham os responsáveis pela aplicação.

O gigante da informática norte-americano Microsoft está em negociação com o ByteDance para comprar a TikTok, pelo menos nos Estados Unidos.

O ByteDance deverá também confirmar que destruiu todos os dados "de utilizadores norte-americanos, obtidos através da TikTok e da Musical.ly", uma aplicação norte-americana adquirida pela sociedade chinesa e fundida com a TikTok.

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